A Câmara Municipal de Jales ficou tomada por amigos e familiares do jornalista Deonel Rosa Júnior no velório realizado na segunda-feira, dia 22, a partir do meio-dia. Cercados por 51 coroas de flores que rendiam homenagens a ele, dezenas de amigos se despediam e lamentavam: “ele fará muita falta”.
Na manhã daquele dia, o corpo do jornalista foi encontrado já sem vida em sua residência pela funcionária da casa e uma sobrinha de Deonel, que imediatamente chamaram o SAMU, porém tentativas de reanimação não tiveram sucesso. A causa da morte foi atestada como infarto agudo do miocárdio.
Deonel tinha 72 anos e vivia em Jales desde 1970, há 53 anos portanto, onde sempre atuou no rádio e jornalismo local e regional.
Filho de Deonel Rosa e Cassimira do Nascimento Rosa, nasceu em 9 de janeiro de 1951 em Olímpia e com apenas 17 anos foi cofundador do Jornal da Cidade em sua terra natal.
Diretor proprietário do Jornal de Jales desde 1981, entre 1983 e 1986 integrou a equipe que desenvolveu o primeiro projeto de jornalismo regionalizado na televisão como contratado da Rede Globo Oeste Paulista, sediada em Bauru.
Deonel teve ampla participação no desenvolvimento de Jales tendo sido um dos fundadores do Fórum da Cidadania, instância comunitária formada por entidades de classe, clubes de serviço, associações profissionais e instituições filosóficas, que debatia e lutava pelas causas em benefício da cidade.
Licenciado em Estudos Sociais, de 1995 a 2004 foi mantenedor do Projeto MEMÓRIA, fascículos mensais publicados no Jornal de Jales que contavam a história da cidade através dos depoimentos de pessoas vivas.
O jornalista foi homenageado pela Câmara Municipal de Jales com a Medalha XV de Abril e o título de Cidadão Jalesense e também recebeu o título de Cidadão Uraniense outorgado pela Câmara Municipal de Urânia. No seu currículo ainda, foi o primeiro presidente do Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Jales, membro da irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Jales e também grau 33 no filosofismo maçônico. Seu legado como cidadão e comunicador ultrapassa os limites da cidade.
Deonel era viúvo. Ele deixou os irmãos Silas Rosa e Marli Terezinha Rosa, que residem em Olímpia. Presentes no enterro, receberam diversas manifestações de pesar.