Algumas pessoas não têm a felicidade e a sorte de ter um bom pai. Eu me considero mais que feliz e sortudo pois tenho dois bons pais. E recentemente perdi um deles, o meu tio Manuel Cervantes, conhecido em Jales pela família e amigos como Manolo. Quando minha mãe me ligou dizendo que ele tinha falecido, fiquei confuso e atônito. Para falar verdade, ainda me sinto assim. As vezes choro de raiva pelo jeito que ele morreu, outras vezes de saudades das brincadeiras, das broncas e dos conselhos que ele me dava. Por quase 30 anos tive uma convivência quase que diária com ele seja pessoalmente ou por telefone e saber que não vou poder mais vê-lo, ouvi-lo e abraçá-lo me deixa mais triste. Mas fico feliz que as lembranças que ele me deixou em sua maior parte são alegre e será assim que me lembrarei dele, até o dia que o encontrar novamente, feliz, cantarolando canções em espanhol, apreciando um bom vinho. O senhor ficará eternamente em nossos corações.
Do seu sobrinho/filho Paulo Henrique Kitayama Cervantes.