IDADE…- Nos tempos em que chefiava uma ala da antiga Arena, partido de sustentação ao governo federal, Clóvis Pereira, empresário de obras públicas de indiscutível sucesso em nível estadual, pontificava na política local. Em bom português, fazia e acontecia. Por conta disso, ganhou deste comentarista uma merecida patente política: “general”. Até hoje, quando entra na redação do J.J., ele é assim chamado.
….NÃO É DOCUMENTO – Pois bem, o tempo passou, mas Clóvis, aos 82 anos, continua combativo como nos velhos tempos. Para quem não sabe, foi ele quem articulou a visita programada para ontem, dia 27, em Jales, de Tarcísio de Freitas, candidato a governador pelo Republicanos, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, e da deputada federal Carla Zambelli (PL). Como foi amplamente divulgado, a parlamentar é madrinha do projeto de instalação no Jales Clube, fundado e até hoje presidido pelo citado dirigente, de Centro de Tratamento de Doenças Raras, sob responsabilidade da Casa Hunter, de São Paulo.
TRIO ELÉTRICO – Justiça seja feita. Clóvis não esteve sozinho na empreitada. Cerraram fileiras com ele nos últimos 15 dias, em todos os momentos, o ex-vice-prefeito Pedro Laert Pupim, um dos fundadores do Jales Clube, e o arquiteto Vadinho Polizio, atual vice-presidente.
CORRERIA – Atarefado até o último fio de cabelo em função do cargo de assessor especial da presidência da Assembleia Legislativa, o ex-prefeito Flávio Prandi Franco (União Brasil) tem aproveitado o pouco tempo disponível para confirmar as alianças feitas em favor do deputado estadual Carlão Pignatari (PSDB). Flá abriu caminho para o presidente da Assembleia em mais de 200 municípios.
ALMA LAVADA – Porém, apesar dos atropelos, Flá pode saborear uma vitória político-jurídica na semana que passou. Por 4 votos a 2, o Pleno do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo reformou relatório anterior e deu como aprovadas as contas da administração municipal referentes ao ano de 2019. Quinze dias antes, as contas de Flá referentes a 2018, embora tivessem sido aprovadas por 6 dos 10 vereadores, portanto, maioria absoluta, não conseguiu o quórum necessário, ou seja, 7 votos, em razão da abstenção do vereador Elder Mansuelli (Podemos).
TAPAS… – O tempo cura o queijo, ensinam os antigos. O prefeito Luís Henrique dos Santos Moreira (PSDB) e o vereador Elder andaram se estranhando nos tempos de pandemia. Agastado com a alegada quebra de palavra do alcaide em relação ao funcionamento do comércio, o edil, que é comerciante, disparou impropérios contra o prefeito, chamando-o de “moleque” e “vagabundo”. O caso foi parar no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara e na Justiça. Elder se retratou nas duas instâncias.
…BEIJOS – Passado o tempo, tudo indica que os dois litigantes deixaram o ringue retórico e partiram para algo mais ameno. No último sábado, dia 20, integrando a banda que animou a festa de aniversário do empresário Osvaldo Costa, Elder, empunhando seu violão, acompanhou o prefeito que subiu ao palco e deu uma canja, cantando quatro músicas, duas das quais em dueto com o vereador.
IMBRÓGLIO – Alegando prejuízos à Keleck Biscoitos, o empresário Carlos Toshiro Sakashita, acionista majoritário, entrou com representação no Ministério Público questionando o andamento das obras de revitalização da avenida Paulo Marcondes. Em programa jornalístico da Rádio Antena 102, o bicho pegou. O radiodifusor e advogado Wanderley Garcia, diretor da emissora, entrou no ar e disparou uma série de críticas à administração pelo desempenho no quesito zeladoria, especialmente em placas de propaganda espalhadas pelas calçadas atrapalhando os pedestres, além de outros assuntos. Sem papas na língua, WG ironizou o slogan da atual administração “Jales, cidade que acolhe”. Para ele, o slogan deveria ser “Jales, cidade que encolhe”.
RAÍZES – Na última terça-feira, dia 23 de agosto, as pessoas que passaram pelas imediações da Praça do Maçom ficaram curiosos com o movimento extra no “Bar do seo Jorge”, na verdade um armazém de secos e molhados, o mais tradicional da cidade. Ao se aproximarem, os transeuntes se deram conta de que Oilson Lima, o Nico, dono do estabelecimento, estava sendo entrevistado por este comentarista e filmado por Jeferson Bergamo, o Gegê.
RAÍZES – Áudio e vídeo coletados, depois de devidamente editados, serão usados na campanha da delegada de polícia Fernanda Lima, vereadora mais votada em Formosa-Goiás, candidata a deputada estadual pelo Solidariedade. A coluna apurou que a jalesense, filha de Nico, está em primeiro lugar nas pesquisas.
MEA CULPA – Durante a discussão e votação, em segunda etapa, do Projeto de Iniciativa Popular revogando a Taxa do Lixo e outras duas contribuições, dia 22, os vereadores Bruno de Paula (PSDB) e João Zanetoni (PP) voltaram a pedir perdão ao povo pelo equivocado voto a favor dos tributos, em agosto do ano passado. Ninguém estranhou. Os dois são evangélicos. Zanetoni, da Assembleia de Deus, e Bruno, da Igreja Batista.