ÁGUA QUENTE – Pelo que se ouviu nos bastidores, tudo indica que a sessão ordinária de amanhã, dia 27 de fevereiro, deverá ferver na Câmara Municipal. Tudo porque os vereadores da chamada bancada independente tentarão colocar como prato de resistência da reunião o processo licitatório para habilitação da empresa que vai promover o evento de abril, com shows e rodeios.
OLHO VIVO – Os independentes estão de olhos bem abertos porque, caso não haja intercorrências, o julgamento das propostas deverá ocorrer no dia seguinte, 28 de fevereiro. Teria chegado aos ouvidos deles que uma empresa de eventos de fora da cidade ficaria com a parte do leão.
IMBROGLIO- A abertura do processo licitatório não é a única atração do dia 28. Naquela mesma data deverão ser ouvidos na Central de Polícia Judiciária de Jales os vereadores Deley Vieira (União) e Carol Amador (MDB). O primeiro acusa a segunda de ato de racismo ao denominá-lo de “gorila”. Ela nega e diz que se referiu a ele como “ogro”, sinônimo de grosso, bruto, truculento. Já foram ouvidos pelo delegado Ademir Sanches Junior o diretor de secretaria da Câmara, Marco Zampieri, e a servidora Gina Zacarias.
VITRINE – Carla Zambelli (PL), deputada federal mais votada em Jales nas eleições do ano passado graças ao seu engajamento no projeto de instalação de Centro de Tratamento de Doenças Raras em área doada pelo Jales Clube, foi protagonista de matéria de página inteira na última quinta-feira, dia 23, no jornal Folha de S. Paulo. Ela foi e terceira mais votada do Brasil com 946.244 votos, tendo ficado atrás apenas de Nikolas Ferreira (PL-MG) e Guilherme Boulos (PSOL-SP).
ESCALADA – O maior jornal do país inicialmente traçou o perfil de Carla, situando-a como ativista e fundadora do grupo Nas Ruas, ganhando notoriedade nos atos pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT). Foi eleita deputada federal em 2018 pelo PSL com 73.676 votos e na eleição passada pelo PL. Profissionalmente, ela é gerente de projetos, formada em planejamento estratégico empresarial pela Universidade Nove de Julho.
AGULHADAS – Embora tivesse sido uma das pontas de lanças do governo Jair Bolsonaro durante os quatro anos de mandato, ela acionou a metralhadora giratória e disse que ele deveria ter sido claro ao pedir o fim de atos nos quartéis e deveria estar no Brasil para liderar a oposição. E mais: que os discursos de direita podem, sim, ter levado às cenas de 8 de janeiro, quando houve a invasão da Praça dos Três Poderes, atingindo o Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e Congresso Nacional.
XADREZ – Indagada se teve ou tem medo de ser presa, a parlamentar respondeu na lata: “medo não é a palavra, mas expectativa, sim. Não como uma boa expectativa. Várias vezes eu fui dormir pensando que ia ter que acordar às 6 horas com a Polícia Federal na porta”. Perguntada se ela acha que o ex-presidente corre o risco de ser preso, ela também foi direta:”eu acho”.
FIM DE JOGO – Questionada pela repórter da Folha sobre a live do ex-presidente após dois meses sem nada declarar, a deputada emendou de primeira: “quando fez a live, ele achava que o jogo tinha acabado. Vendo a live, cheguei a passar mal, porque tive certeza de que não ia acontecer mais nada. Para mim ficou claro, mas para várias pessoas que continuaram nos quartéis, não.’’
GATILHO – Sobre o episódio de 30 de setembro, véspera do primeiro turno, quando correu atrás de um homem de arma em punho, cena largamente difundida nas mídias tradicional e digital, Carla Zambelli se defende: “eu saquei a arma legalmente respaldada. Por que os ministros não se perguntam quem eram aquelas oito pessoas e por que fugiram? Minhas armas não deveriam ter sido apreendidas, eles suspenderam o porte, não a posse.”
RECURSOS – A propósito, o Supremo Tribunal Federal, por 9 votos a 2, no dia 17 de fevereiro, negou recursos da deputada contra decisões que suspenderam o porte de armas da parlamentar e determinaram busca e apreensão de eventuais armamentos que tivesse. Apesar do não recebido, ela diz que o país vive outro patamar e que não é hora de brigar com o STF.
TIRO AO ALVO – Como um assunto puxa outro, vale lembrar que, em uma das vezes em que esteve em Jales, participando de encontro com apoiadores no Jales Clube, Carla defendeu a política armamentista do governo federal e disse de público que tinha porte de arma e sabia atirar bem.
AO MESTRE COM CARINHO- O índice de 14,96% de aumento anunciado pelo Ministério da Educação (MEC), publicado no Diário Oficial da União no mês de janeiro, por meio de portaria assinada pelo ministro Camilo Santana ainda é notícia neste início de ano letivo.
AO MESTRE COM CARINHO (2) – Com a medida, o Piso Nacional dos Profissionais do Magistério da Educação Básica passada de R$3.845,63 para 4.420,55. O piso nacional representa o salário inicial das carreiras do magistério público da educação básica para a médio. O valor de 4.220,55, já com o reajuste, leva em conta uma jornada semanal de 40 horas semanais na modalidade normal de ensino.
AO MESTRE COM CARINHO (3) – Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios, o impacto anual do aumento na folha de pagamento será de R$ 1 milhão e 366 mil.