MEMÓRIA – A presença do governador Rodrigo Garcia (PSDB) em Jales na última sexta-feira, dia 17, para anunciar recursos para a Santa Casa, não é fato isolado nem ação de ano eleitoral. Quem disser que Rodrigo pensou em campanha de reeleição, de duas uma: ou é desinformado ou tem má vontade com o candidato.
TUDO A VER – Na verdade, é questão de justiça creditar na conta corrente de Rodrigo Garcia algo muito anterior às eleições de 2022. Foi ele quem abriu as portas da Secretaria Estadual de Saúde para a Santa Casa, entre 2006 e 2007. Não se sabe o motivo, o fato é que a cúpula da Secretaria de Saúde via a instituição jalesense sempre com má vontade, criando dificuldades e não pagando nem mesmo AIHs por serviços prestados.
PASSO A PASSO – Quando assumiu a provedoria da Santa Casa, José Devanir Rodrigues, o Garça, vislumbrou como única porta de entrada na Secretaria de Saúde a mobilização da comunidade através do Fórum da Cidadania. Ficou convencionado que seria formada uma comitiva para tentar dialogar com o andar de cima, visando destravar as relações. Até o então bispo diocesano de Jales, Dom Demétrio Valentini, se dispôs a engrossar as fileiras do movimento.
CHAVE – O segundo passo foi entrar em contato com o deputado estadual Rodrigo Garcia, através do assessor Flávio Prandi Franco, recém-nomeado. De seu gabinete, Rodrigo acionou o secretário estadual de Saúde, Barradas Barata. A partir da ajuda de Rodrigo, tudo mudou. O secretário Barradas recebeu os jalesenses com toda urbanidade, acertou o que estava pendente e o tratamento passou a ser compatível com o nível de seriedade que, historicamente, sempre marcou as gestões da Santa Casa.
SOLIDARIEDADE – Ao longo de seus mandatos posteriores tanto como deputado estadual quanto federal, o atual governador sempre apresentou emendas parlamentares em favor da Santa Casa. Tais fatos, devidamente divulgados, contribuíram para que Rodrigo Garcia conquistasse a confiança do eleitorado a ponto de ter se tornado, em 2014, o deputado federal mais votado da história de Jales em números absolutos.
ESTICA E PUXA – Em pleno feriado de Corpus Christi, a equipe precursora do Palácio dos Bandeirantes, que sempre chega no dia anterior à presença do governador, teve que decidir sobre o local da visita —a própria Santa Casa ou o Teatro Municipal. A providencial contratação da empresa Tem Tendas aos 45 minutos do segundo tempo consolidou o hospital como local da contratação.
BYE BYE – A propósito da presença do governador Rodrigo Garcia em Jales, atento leitor desta coluna lembrou que durante os dois anos e quatro meses em que governou o Estado de São Paulo, o ex-governador João Doria nunca pôs os pés na região. O local mais próximo onde ele esteve foi São José do Rio Preto.
TAPETE VERMELHO – Correligionário da deputada Analice Fernandes, líder do PSDB na Assembleia Legislativa, o prefeito de Urânia, Márcio Arjol, do mesmo partido, deu tratamento vip à parlamentar durante a festa do peão realizada na semana passada. Arjol não se esquece que, em suas duas eleições, a deputada fez corpo-a-corpo durante a campanha. Aliás, nas cidades do entorno de Jales Analice tem comentado aos mais próximos sua satisfação pelo tratamento recebido.
PRESENTE DE ANIVERSÁRIO- A deputada não se limitou ao oba-oba da festa. Em regozijo pelo 72º aniversário de Urânia, ela anunciou a liberação de R$ 800 mil para o município, sendo R$ 500 mil para infraestrutura, R$ 200 mil para a Santa Casa e R$ 200 mil para o Lar dos Velhinhos.
LUTO – Repercutiu intensamente em todo o estado a morte do médico pediatra Mário Maia Bracco. O fato mereceu mais de meia página no caderno Cotidiano, da Folha de São Paulo, edição de 14 de junho. Mário era casado com a jornalista Ludmila Bernardo, de tradicional família jalesense, filha da professora Nininha e de Vanderlei Bernardo Peres. Por esta razão, estava sempre presente em Jales, onde granjeou amigos. Ele faleceu no dia 11 de junho, aos 62 anos, enquanto fazia uma trilha na Serra do Japi, de bike. Sentiu-se mal, desmaiou e não acordou mais.
HUMANIZAÇÃO – Segundo a Folha, Mário era formado pela PUC de Sorocaba, com mestrado pela Unicamp e doutorado na Unifesp. Ele encarava a medicina como missão e não cobrava pelos atendimentos. Para ganhar dinheiro realizava pesquisas científicas e consultorias. Ele também visitava a casa das pessoas e sempre deixava uma palavra positiva. “Ele tinha um dom especial com os menos favorecidos e uma predileção por eles. Foi isso que me conquistou”, disse a esposa Ludmila na matéria da Folha de S. Paulo assinada pela jornalista Patrícia Pasquini.