MILIONÁRIOS – Os jogadores da seleção brasileira de futebol, eliminados da Copa do Mundo após perderem nos pênaltis para a Croácia, não têm muitos motivos para chorar. Eles ganham R$1 bilhão e 300 milhões por ano. Ou seja, juntos eles geram mais riqueza do que 4.926 municípios cujo PIB (Produto Interno Bruto), isoladamente, é menor, segundo o IBGE.
MILIONÁRIOS (2) – Os dados de rendimento foram compilados pela Sports Value, com base em fontes abertas. Levou em consideração 21 jogadores. Para os demais, não havia informações disponíveis. No cálculo, estão incluídos salários mensais, bônus e receitas advindas da exploração de imagem.
MILIONÁRIOS (3) – Ainda de acordo com a mesma fonte, somente o atacante Neymar Jr., cujos rendimentos totalizam R$276 milhões por ano, ganha mais do que 36,5% das prefeituras do país (3.536). Só para efeito de comparação, Neymar ganhou no ano que está terminando R$50 milhões a mais do que a Prefeitura de Jales arrecadou em 2022, somando-se FPM (Fundo de Participação dos Municípios), ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), IPTU (Imposto Predial e Territorial Urano) e demais taxas e contribuições— R$ 225 milhões e 849 mil. Dá para entender porque, depois de chorar em campo no final do jogo com a Croácia, ele, no dia seguinte, estava acenando alegremente para a galera antes de embarcar em seu jatinho particular de volta para a França, onde joga no PSG.
BOI VOADOR – Confirmando a velha crença de que em eleição da Câmara até boi voa, uma reviravolta aos 45 minutos do 2º tempo mudou completamente o resultado da disputa pela presidência do Legislativo jalesense, dia 12 de dezembro. Quando se imaginava que o confronto seria entre Bruno de Paula (PSDB), da autodenominada bancada independente, e Deley Vieira (União Brasil), eis que o primeiro grupo decidiu substituir o candidato nato pelo atual presidente Bismark Kuwakino (PSDB).
BOLA NAS COSTAS – Consta que a mudança de rota teve a ver com a constatação de que João Zanetoni (PP), que seria o vice de Bruno, engajara-se na postulação de Deley. Assim, o resultado inicial previsto que era de 6 a 4 para Bruno virou empate em 5 a 5. Como o critério de desempate seria a votação na urna eletrônica na eleição municipal de dois anos antes, o presidente seria Deley, que teve mais votos do que Bruno (589 a 402).
VIRADA – Diante da derrota iminente, Bruno abiu mão da presidência em favor de Bismark, que seria o vencedor em caso de empate com Deley. E foi o que aconteceu. Para a vice-presidência, a bancada aliada tentou trocar Zanetoni por Ricardo Gouveia (PP), mas foi impedida pelas regras do jogo. Assim, a vice-presidente eleita foi Carol Amador (MDB), que teve mais votos do que Zanetoni em 2020, tendo sido a segunda mais votada na classificação geral. O mesmo critério valeu para a disputa pela 1ª secretaria entre Andrea Moreto (Podemos) e Hilton Marques (PT) e pela 2ª secretaria entre Rivelino Rodrigues (PP) e Elder Mansueli (PT).
Carol (vice), Andrea (1ª secretária) e Rivelino (2º secretário)
ARBITRAGEM – O nó da eleição foi desatado pelo advogado Rodrigo Murad, Procurador Jurídico da Câmara, om base em decisão do Supremo Tribunal Federal. Em encontro do Conselho Nacional do Poder Legislativo Municipal das Capitais, vereadores de todo o País foram atualizados sobre recente decisão do STF permitindo a reeleição dos membros da mesa diretora das câmaras municipais. O evento, realizado este ano em João Pessoa, na Paraíba, neste mês de junho, teve como um dos palestrantes o senador Rodrigo Pacheco, (PSD), presidente do Senado Federal.
TERCEIRO TEMPO – Mas, o jogo não terminou. No momento em que fechávamos esta coluna, o vereador Deley informou por telefone que estava constituindo advogado para contestar o resultado da eleição.
REPÚDIO – O episódio do assédio do vereador Marquinhos da Silva (PSC) , que tentou agarrar e beijar à força a vereadora Carla Ayres, cena registrada pelo circuito interno de tevê da Câmara Municipal de Florianópolis e que repercutiu em todo o país, mereceu moção de repúdio da Câmara de Jales por iniciativa do vereador Hilton Marques (PT).
mereceu repúdio articulado por Hilton Marques
PUNIÇÃO – O assédio a Carla, de sólida formação acadêmica (doutora em Ciências Sociais), jalesense de nascimento, levou Hilton, com a concordância de seus pares, a propor a moção de repúdio. Segundo o documento, “o assédio contra as mulheres deve ser condenado e punido veementemente por se constituir em ato abusivo, ofensivo e dano, remanescente de uma sociedade machista que ainda vê a mulher como objeto”.