Uma multidão calculada em 156,5 milhões de brasileiros irá às respectivas seções eleitorais para escolher o máximo mandatário do país para os próximos quatro anos, bem como em alguns estados como São Paulo, o governador.
Embora se reconheça que o risco de abstenção é grande já que existe um certo clima de desesperança pairando em setores específicos, espera-se que, ao despertar, a maioria dos eleitores se dê conta de que fugir da raia não é o melhor caminho, pois, como ensinou o saudoso Martin Luther King há mais de 40 anos, a omissão dos bons permite que os maus prevaleçam.
Na verdade, o embate de hoje entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se digladiaram no primeiro turno, com ligeira vantagem do segundo, é o epílogo de um processo que, pela primeira vez, opõem dois polos absolutamente distintos e que sempre evitaram se posicionar de forma tão desabrida —direita e esquerda. Leia-se Bolsonaro e Lula.
Até por isso, as tentativas de viabilização da terceira via no primeiro turno —Simone Tebet (MDB), Ciro Gomes (PDT), Felipe d´Ávila (Novo) — deram com os burros n’água.
Definidos os contendores do segundo turno, é chegada a hora H. Intoxicado por uma enxurrada de notícias falsas, o que popularizou o termo fake news até na boca de quem nunca assistiu a uma aula de inglês, e por golpes abaixo da linha da cintura, o eleitorado, atônito, vai à urna eletrônica esperando que, apesar da baixaria, o resultado final seja bom para o país.
Em relação à batalha pelo comando do governo estadual, que acabou se tornando uma extensão da disputa nacional, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT) chegam na hora da onça beber água esperando a consagração.
Embora a grande maioria olhe com mais atenção para a disputa nacional, a verdade é que a eleição para governador se reveste de extraordinária importância na medida em que o chefe do Executivo estadual é o ente federado que tem maior proximidade com os municípios. Afinal, ninguém mora na União ou no Estado, mas sim no município.
Por esta razão, o que se espera é que cada eleitor compareça à urna eletrônica possuído dos melhores sentimentos. Afinal, o voto é a mais poderosa arma o povo tem para virar o jogo.

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