Ontem, dia 27 de agosto, a Unidade de Síndromes Gripais da rede municipal de saúde, mais conhecida como Covidário, encerrou suas atividades. Agora, como a demanda diminuiu, o atendimento deverá ser feito nas unidades básicas de saúde espalhadas pelos bairros.
O fim do Covidário é uma boa oportunidade para reflexão sobre um setor da administração pública que, em todos os níveis, se tornou permanente saco de pancadas— o SUS.
Vamos aos fatos. Com 60 anos de atuação no mercado nacional, tendo suas raízes fincadas em Jales, o grupo Venturini tornou-se sinônimo de sucesso no universo empresarial.
Em resumo, a modesta marmoraria fundada por Carlos Venturini foi crescendo aos poucos e, sob a direção do filho varão José Pedro, tornou-se um poderoso conglomerado de empresas
Mas, apesar de todas essas bem-sucedidas performances negociais, o grande desafio de referido empresário foi assumir a provedoria de um hospital filantrópico, a Santa Casa de Jales, segmento onde ele não tinha a menor experiência, salvo engano, nem como paciente.
Um ano depois, bem assessorado por membros da Mesa Administrativa e respaldado pela Irmandade, Venturini sentiu-se à vontade a ponto de enxergar algo que muitos não tinham percebido: a importância do SUS.
Tanto que, certa vez, em solenidade realizada no Centro de Estudos, o provedor cunhou uma frase que chacoalhou a plateia: “em minha opinião, o SUS é um pote de ouro”.
Se, para alguns, tratava-se apenas de uma frase de efeito sem o menor sentido, o tempo se encarregou de provar que ele tinha razão.
Pois bem, veio a pandemia, que até hoje nos aflige e que tirou de nosso convívio 683 mil brasileiros, dos quais 306 em Jales.
Porém, estudos de grande credibilidade atestam que, se não fosse a atuação da rede pública de saúde, leia-se SUS, a tragédia teria sido ainda mais devastadora.
Esta coluna relembra a frase do ex-provedor como forma de homenagear a atuação do SUS, tanto em relação ao Covidário como também à Santa Casa.

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