Você já experimentou perguntar a um jovem apto a votar, qual o significado político das palavras oposição e situação? Faça a experiência e pode ser que se depare com a falta de conhecimento sobre o assunto, que vale importantes reflexões.
Como a política se faz dia a dia e não apenas durante a campanha eleitoral, a importância da divergência de opiniões faz parte da democracia.
Em todas as instâncias de poder, ao término das eleições, aqueles que ganharam são chamados de “situação”, enquanto os que perderam, se intitulam “oposição”.
O peso dessa última palavra pode trazer a ideia de contrariedade, mas é muito saudável que um governo tenha contrapontos, questionamentos, contribuições para as discussões que são do interesse comum.
De fato, algumas posturas de oposição se projetam como “do contra”, mas o que seria do processo democrático se não houvesse o outro lado?
O que o eleitor precisa ter em mente é que a briga pelo poder não pode ultrapassar os seus interesses como população.
O verdadeiro significado que deve estar implícito na postura de oposição deve ser aquele que provoca discussões saudáveis e levanta questionamentos pertinentes. Assim como a conduta da chamada situação, também deve ser a de trabalhar com inteligência e não com obediência.
O cerne da questão é, na verdade, o conhecimento da população sobre os papéis dos políticos em que votam. É necessário que cada cidadão deixe de ser “analfabeto político” para aprender que temos direitos e deveres.
Apertar o botão da urna e simplesmente virar as costas, não é nem de longe a melhor decisão.
Em tempos em que até a inteligência pode ser artificial, não podemos deixar de lado o pouco poder de escolha que nos resta. Saibamos que o voto é instrumento da maior relevância nas democracias.
Está nas pautas de urgências que oposição e situação caminhem com o mesmo objetivo: o de melhorar as políticas públicas, representando a população e fazendo valer cada um dos nossos direitos.