Faltam sete dias para que um novo ano se inicie. Ensinavam os antigos que não dá para avançar rumo ao futuro sem um bom balanço do passado recente.
Nesta medida, há que se colocar sob objeto de análise os principais fatos que marcaram a cidade e a região nos últimos 12 meses.
Assim pensando, não é exagero afirmar que o saldo é positivo se o critério de julgamento não ficar restrito às escaramuças do cotidiano da política, onde a conquista de espaço se faz à base de cotoveladas ou de golpes abaixo da linha da cintura.
Na verdade, reconheça-se que, com o passar dos dois primeiros anos, a Câmara Municipal de Jales, eleita com 70% de vereadores de primeiro mandato, amadureceu, assumindo suas responsabilidades e não sendo um puxadinho do Poder Executivo.
De outra parte, a comunidade, que parecia aparentemente anestesiada, também se levantou pelo menos duas vezes em nome do interesse público, impulsionada pelo Fórum da Cidadania.
Uma, para impedir a desativação da Delegacia da Polícia Federal de Jales para Petrópolis, um absurdo do ponto de vista estratégico, e a segunda, no início de dezembro, quando novamente as forças vivas e atuantes representadas pelas 17 entidades que compõem o Fórum da Cidadania lutaram para impedir o fim das atividades do Ministério Público Federal em Jales tendo como motivo a contenção de despesas.
Nas duas ocasiões, reconheça-se, houve união de forças entre a comunidade e os detentores de mandatos, aí incluídos prefeito e vereadores.
Mas, o grande sinal de que o povo está atento foi o verdadeiro levante protagonizado pela apresentação do Projeto de Iniciativa Popular, com mais de 2.457 assinaturas, revogando a taxa do lixo e duas contribuições embutidas nos carnês do IPTU.
Apesar das dificuldades, a voz do povo foi ouvida e, depois de embates de toda ordem, inclusive jurídicos, as partes chegaram ao denominador comum com sensível redução do valor da taxa e revogação pura e simples das contribuições.
Feliz Natal!