A frase que conhecemos desde criança faz sentido em diversas situações e, especialmente no momento em que o estado do Rio Grande do Sul vive uma catástrofe climática sem precedentes, ela descreve a união de um país em torno da solidariedade.

Apesar das desavenças, fake news e “disse que me disse”, o saldo é extremamente positivo quando as pessoas param de olhar para si mesmas e começam a pensar no outro. A necessidade urgente de socorrer milhares de pessoas mobilizou um país inteiro e em Jales não foi diferente.

As famílias, as rodas de conversa, as escolas, os empresários, as pessoas públicas: o assunto da semana foi a ajuda humanitária para o estado que permanece com cidades alagadas e o registro de mais de 113 mortos e outros tantos desaparecidos. Uma população em pânico pela possibilidade de mais chuvas, as temperaturas baixando, e muita, muita falta de tudo e principalmente do básico: água.

Que ironia faltar água em uma região alagada. As pessoas não tem água potável e lavar roupa é algo impensável por lá neste momento. Lugares sem energia elétrica e devassados. Mas caminhões, helicópteros, lanchas, jet skis, alimentos, roupas, medicamentos e todo tipo de ajuda já partiram de diversas regiões do Brasil.

É tocante a capacidade de mobilização dos voluntários, é emocionante a quantidade de pessoas que estão deixando suas vidas cotidianas de lado para atender às emergências do próximo, que não está tão próximo assim.

Não podemos deixar essa iniciativa se perder porque ela pode ser totalmente aproveitada localmente. As necessidades de pessoas em situação de vulnerabilidade social em Jales são bem menores do que as urgências de um estado inteiro, mas igualmente não podem ser ignoradas.

Cada ser humano conta e transformar a vida de uma pessoa que seja, já vai valer a pena. Para quem está de fora talvez a urgência não pareça a mesma, mas e se fosse você morando na rua? E se fosse você dependendo de alguém para lhe estender a mão?

Os invisíveis estão pelas nossas ruas, cruzam com a gente em praças e semáforos, e qual está sendo nosso olhar individual e coletivo para eles?

Se juntos somos mais fortes, se a união faz a força, vamos aproveitar esses laços estreitos e também procurar solução para os poucos esquecidos e ajudá-los a serem cidadãos de verdade em nosso microcosmo chamado Jales?

Estão todos convidados.

A união faz a força

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