No feriado desta terça-feira, 9 de julho, nós paulistas vamos relembrar a “Revolução Constitucionalista”.
Desde 5 de março de 1997, este dia é feriado estadual em São Paulo. A proposição feita pelo ex-deputado Guilherme Gianetti foi assinada pelo governador da época, Mário Covas.
A data magna do Estado de São Paulo é uma homenagem ao que ficou conhecido como um movimento armado iniciado em 9 de julho de 1932, liderado pelo general Isidoro Dias Lopes, que defendia uma nova Constituição para o Brasil e atacava o autoritarismo do Governo Provisório de Getúlio Vargas.
Tudo teve início em 24 de outubro de 1930, quando o presidente Washington Luís foi deposto, e o eleito para os próximos anos de mandato, o paulista Júlio Prestes, exilado.
Em novembro do mesmo ano, Getúlio Vargas assumiu o chamado “Governo Provisório”, colocando fim à República Velha, conhecida como soberania das oligarquias de São Paulo e Minas Genais, fato que ficou conhecido como Revolução de 1930 ou Golpe de 1930.
O fim da “Revolução Constitucionalista” foi em 10 de outubro de 1932, os paulistas renderam-se, pois não tinham mais soldados suficientes e nem mantimentos para manterem a batalhRevolução Constitucionalistaa contra o Governo Provisório. As forças militares fiéis a Vargas derrotaram as tropas paulistas. O saldo da guerra foi de 934 vidas perdidas no combate pela causa constitucionalista. Esses números referem-se ao que foi publicado oficialmente, mas há registros de mais mortos.
Dentre as mortes está a do criador do avião, Alberto Santos Dumont, que morava em Santos, quando soube que a sua invenção era usada para matar concidadãos, suicidou-se, em 23 de julho de 1932.
Mesmo com a derrota, os paulistas conseguiram o que queriam, em 1933 foi realizada a Assembleia Nacional Constituinte, que elaborou uma nova Constituição para o Brasil, sendo essa promulgada no ano seguinte.
O Congresso Nacional foi reaberto, os partidos políticos voltaram a funcionar, e Getúlio Vargas foi eleito presidente da república por meio de eleição indireta.
Assim se encerrava o Governo Provisório e começava o Governo Constitucional, quando Vargas passou a governar o Brasil sob as diretrizes da Constituição.
O Palácio 9 de julho, sede do Parlamento Paulista, recebeu esse nome em memória à Revolução, no ano de 1968.