No dia 28 de maio de 2021 o governador Rodrigo Garcia (PSDB), ainda na condição de vice-governador, esteve em Jales para inauguração oficial do Centro Dia do Idoso. Com ele, além dos deputados com atuação regional, esteve presente a secretária estadual de Ação Social, Célia Parnes.
A presença de Rodrigo teve a ver com o fato de que foi ele, em 2020, na condição de secretário de Desenvolvimento Social, quem viabilizou os recursos para construção daquele espaço.
Como as instalações, embora inauguradas, ainda permanecem fechadas para o público-alvo, os vereadores Carol Amador (MDB) e Elder Mansueli (Podemos) protocolaram Requerimento de Informações à Prefeitura indagando se havia previsão para o início das atividades.
Incomodados ou sob pressão de eleitores, os vereadores chegaram a acrescentar ao requerimento uma outra pergunta: a Prefeitura teria condições de manter em funcionamento o espaço físico ainda ocioso?
Embora pareça sem pé nem cabeça, a pergunta é pertinente na medida em que o formato do Centro Dia do Idoso, que vem sendo colocado em prática na iniciativa privada, é inovador na administração pública, senão vejamos.
Como foi amplamente noticiado, o serviço é destinado aos idosos com 60 anos ou mais, em situação de vulnerabilidade ou risco social e que requeriam auxílio de pessoas ou equipamentos especiais para realizar as atividades diárias como alimentação, higiene e mobilidade.
E mais: o Centro Dia do Idoso é destinado aos idosos cujos familiares trabalham ou estudam e não possuem disponibilidade de prover os cuidados necessários a quem já passou dos 60.
O questionamento dos vereadores, que foi aprovado por todos os outros oito legisladores, mereceu resposta da cúpula da Prefeitura. Conforme documento que chegou à Câmara, a municipalidade já adquiriu equipamentos para equipar o espaço físico e, de outra parte, vem convocando profissionais do concurso público e realizando licitação para contratação de quem, por um motivo ou outro, não se submeteu à prova.
Claro que os esclarecimentos prestados em papel timbrado da Prefeitura e protocolados no prazo de 15 dias a partir do questionamento, conforme estabelecem a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara, tranquiliza, de certa forma, não somente os vereadores, mas também as famílias que se enquadram nos pressupostos deste programa.
De toda maneira, ao abordar a questão, os vereadores saíram da mesmice e prestaram um relevante serviço a quem os elegeu. E ao fixar prazo para que aquela estrutura passe a funcionar, a administração municipal sinaliza que, além de investir em obras físicas de visibilidade, também está preocupada com quem chegou ao outono da vida necessitando de cuidados.
Dar tratamento digno aos idosos é questão de necessidade e, principalmente, de respeito.