O TEMPO PASSA,
mas as memórias permanecem. Durante meus 21 anos, eu como filho e neto, sempre escutei isso dos meus avós e dos meus pais, até porque as tecnologias avançaram rapidamente e, agora, a época é realmente outra do que se vivia há 70 anos.

UMA BOA CONVERSA
estreita sadios relacionamentos familiares. A pandemia não trouxe somente episódios de dor, mas num olhar intimista, as restrições sociais proporcionaram uma comunicação e interação maior para as famílias, seja para unir ou para desunir.

PARTICULARMENTE
a comunicação familiar nos fez conhecer o íntimo de cada um e, claro, histórias que nos levam às nossas raízes. Em uma oportunidade, meu avô, pai da minha mãe, me contou que já acompanhou a Copa do Mundo pelo rádio. Segundo ele, “a gente imaginava cada lance que o narrador transmitia, sem tevê e celular, inimaginável para a nova geração”.

JÁ MEU AVÔ ARTISTA,
pai do meu pai, quase gravou um disco com seu irmão. Na época, eles formavam a dupla Pingo d’Água e Beija-Flor. Sim, disco de vinil era sucesso nas rádios e nas lojas. Agora, as plataformas online tomaram conta do mundo musical.

O MELHOR DOS RELATOS
são as cartas de quando meus pais namoravam. Sair sem celular, não poder fotografar tudo e nem conversar nas redes sociais, então, como namorar? Cartas escritas à mão foram o meio de comunicação entre os dois para trocar mensagens de carinho e paixão, mesmo distantes. Foi o que mais me deixou fascinado.


OS NOSSOS
meios modernos estimulam a comunicação rápida. Imaginem eu ter que esperar semanas para receber a resposta da amada? A ansiedade iria-me corroer. Porém, as cartas criam uma memória especial.

O VALOR DE CADA
palavra escrita no papel marca tudo o que expressa a alma do remetente. A partir disso, o destinatário estará pronto para refletir sobre o conteúdo e, assim, o resultado só pode ser importante e profundo. Pensando bem, escrever cartas não seria nada mal. (Bruno Gabaldi)

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