JUROS
mais altos do mercado atualmente, com uma média de 437,3% ao ano, segundo o Banco Central, o preço do rotativo do cartão de crédito deixa os consumidores de cabelo em pé. Ainda segundo o BC, em números de junho de 2023, essa linha de crédito é também a de maior inadimplência (49,1%).

COMO
uma das soluções para diminuir esses valores exorbitantes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sugeriu, informalmente, o fim das compras parceladas sem juros para desestimular os consumidores a se endividar no rotativo do cartão e, assim, se endividar mais. A ideia já causou bastante polêmica entre autoridades da área e, claro, entre os consumidores.

MINISTRO
da Fazenda, Fernando Haddad, criticou a sugestão e disse que tirar a opção do parcelamento sem juros prejudicaria famílias e o comércio. “O parcelado sem juros responde hoje por mais de 70% das compras feitas no comércio. Temos que ter muito cuidado para não afetar as compras do comércio e não gerar um outro problema para resolver o primeiro”, afirmou Haddad.

HADDAD
cobra dos bancos um estudo com dados que justifiquem a necessidade de restringir o parcelamento, o que ainda não foi feito. O ministro ordenou que Ministério da Fazenda, do Banco Central, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), da Câmara dos Deputados e do Senado apresentem uma solução em até 90 dias.

“NOSSO
foco é o rotativo, não pode continuar como estar. Estamos levando ao Congresso Nacional, sobretudo à Câmara, um compromisso feito pelo setor privado, pelos bancos públicos e privados, de que isso tem que ter um prazo para terminar”, declarou Haddad.

A FEDERAÇÃO
Brasileira dos Bancos (FEBRABAN), em nota, informou que não as entidades não pretendem acabar com este tipo de pagamento e que segue analisando opções para encontrar alternativas. “Nenhum dos modelos em discussão pressupõe uma ruptura do produto e de como ele se financia”. A federação ainda declarou que o cartão de crédito é “relevante instrumento para o consumo, preservando a saúde financeira das famílias.” (Ana Luiza Rosa)

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