OS BRASILEIROS PASSAM,
em média, quatro dias inteiros por semana totalmente conectados na internet. Isso não sou eu que estou inventando. Em maio deste ano, o site TechTudo divulgou um levantamento realizado pela empresa NordVPN (fornecedora de serviços virtuais) sobre os hábitos digitais dos brasileiros na internet.
DE ACORDO
com o estudo realizado em janeiro, levando em consideração apenas maiores de 18 anos, que somando os quatro dias inteiros em que a população passa totalmente conectada, isso seria o equivalente a 197 dias por ano. Além disso, levando em consideração que a expectativa de vida no país é de aproximadamente 76 anos, esses dados resultariam em um total de 41 anos, três meses e 13 dias, ou seja, 54% do tempo da vida seria online.
OS USUÁRIOS
passam, em média, 12 horas e oito minutos por semana assistindo vídeos no YouTube, e 11 horas e 19 minutos se dedicando às redes sociais, principalmente WhatsApp, Facebook e Instagram, onde os “influencers” digitais atuam.
PARA ESPANTO MEU,
em pesquisa mais detalhada sobre o assunto, a Nielsen Holdings (empresa global de informação, dados e medição germânico-americana) divulgou que no Brasil existem cerca de 500 mil influenciadores nas redes sociais com mais de 10 mil seguidores. Outro levantamento, das agências HootSuite e We Are Social, mostrou que somos o segundo país que mais segue influenciadores (44,3% dos usuários da internet), atrás apenas das Filipinas (51,4%).
AINDA SEGUNDO
a pesquisa, o número de influenciadores digitais no Brasil superam a quantidade de dentistas (374 mil), engenheiros civis (455 mil), arquitetos (212 mil) e quase a quantidade de médicos (502 mil). A questão é que existem dois lados da moeda dos influencers: alguns adotam a publicidade e a venda de produtos para ganhar dinheiro na rede, já outros vendem ideias e atuam na área do pensamento.
A INFLUÊNCIA
não está apenas na roupa, calçado ou tinta no cabelo, mas também na disseminação de mentiras. Só para lembrar: outubro tem eleição, não seja influenciado. Pesquise. (Bruno Gabaldi)