AGORA o desejo de ser doador de órgãos pode ser registrado via internet. A novidade foi apresentada na terça-feira, dia 2 de abril, pelo Conselho Nacional de Justiça em parceria com o Colégio Notarial do Brasil e o Ministério da Saúde.
O CIDADÃO que quiser ser doador de órgãos agora vai poder registrar de forma oficial essa vontade num documento digital. A Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, a AÊDO, pode ser feita em qualquer um dos mais de 8 mil cartórios de notas do país, inclusive em Jales.
SEGUNDO as informações do Conselho Nacional de Justiça, o documento digital pode ser preenchido de forma gratuita no site aêdo.org.br ou no aplicativo e-notariado. Nesse espaço digital, a pessoa escolhe qual órgão deseja doar, como por exemplo: medula, intestino, rim, pulmão, fígado, córnea, coração ou até todos os órgãos.
O FORMULÁRIO eletrônico é recebido pelo cartório de notas selecionado pelo cidadão interessado em doar. Logo após, o representante do cartório faz uma videoconferência com o doador para identificá-lo e registrar, oficialmente, a vontade dele. Os dois então assinam digitalmente a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, passando a valer juridicamente a vontade do doador.
AINDA CONFORME disse o presidente do Conselho Nacional de Justiça, ministro Luís Roberto Barroso, atualmente, pela lei, quem autoriza a doação dos órgãos em caso de morte cerebral é a família da pessoa que morreu. Agora, com o registro eletrônico no cartório, os profissionais da saúde podem comprovar à família o desejo da pessoa morta em doar órgãos.
O MINISTÉRIO DA SAÚDE informou que no Brasil 60 mil pessoas aguardam na fila do transplante de órgãos. Em 2023, três mil morreram pela falta de doação de órgãos. Por outro lado, de janeiro a junho de 2023, o Brasil registrou mais de 1,9 mil doadores efetivos de órgãos, marcando um recorde em comparação com o mesmo período dos últimos 10 anos. Isso possibilitou a realização de mais de 4,3 mil transplantes, de acordo com dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).