Criminosos tem usado aplicativos de mensagens para aplicar novo tipo de golpe, eles dizem fazer parte de organizações criminosas para ameaçar as vítimas e extorquir dinheiro. Tudo começa com uma ligação ou mensagens de voz.
As mensagens são do tipo: “Chegou uma acusação aqui que está envolvendo o teu nome. Estão rolando aqui as suas fotos e os seus dados aqui no grupo da facção, cara”.
A ameaça chega pelo celular, o homem que diz ser chefe de uma facção criminosa afirmando que o nome da vítima está numa suposta lista da morte.
“E os meus meninos estão aqui preparados para ir aí na tua casa e na casa da tua família” diz um dos bandidos.
Uma vítima foi o jovem de 24 anos de Joinville-SC: “Ele não está falando só de mim, está falando do meu bem mais precioso, minha filha”.
O rapaz chegou a pagar 2500 reais para o criminoso via Pix, mas não havia nenhuma facção envolvida e nenhuma ameaça real, trata-se de mais um golpe que já se espalhou por pelo menos 10 estados brasileiros – O Golpe da Facção.
Outro jovem de Alta Floresta – MT procurou a polícia após receber o mesmo tipo de ameaça: “Um número diferente, dizendo que eu estava devendo, que eu estava denunciando a facção.”
Em Bauru/SP a vítima foi uma comerciante, ela aceitou falar por telefone. “Ligaram na loja, e a funcionária atendeu. Falaram que iam assaltar a loja e se a minha funcionária avisasse alguém, iriam dar um tiro nela”.
De acordo com a polícia, essa é uma nova versão do antigo golpe do parente sequestrado, que trabalha justamente com essa vulnerabilidade e com o fator do medo.
Quase sempre os dados das vítimas são recolhidos em aplicativo de relacionamento ou em redes sociais. Por isso o delegado recomenda: cuidado com as informações publicadas na internet.
“O criminoso, anteriormente ao golpe, se municia de dados. De forma que o indivíduo consegue montar toda uma referência, para poder enganar, ameaçar e ludibriar de forma mais eficiente e convincente essa vítima” explica o delegado.