A equipe da Sabesp de Jales recebeu, na quinta-feira, dia 29, um grupo de 18 visitantes dos países em desenvolvimento: Angola, Moçambique, Colômbia e Equador, para curso internacional realizado através da JICA – Agência de Cooperação Internacional do Japão, uma agência governamental independente que coordena Assistência Oficial ao Desenvolvimento em nome do governo do Japão e que é parceira da Sabesp, também com o apoio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) que atua dentro do Ministério das Relações Exteriores.
O grupo que está no Brasil para aprender técnicas que possibilitem a redução de perdas hídricas para futura implantação em seus países de origem, tem engenheiros e técnicos que atuam em empresas estatais ou nacionais. O projeto existe há 15 anos e só não trouxe visitantes no período da pandemia.
A equipe foi recepcionada em São Paulo pela coordenadora técnica Priscila Rossini e depois seguiu para Lins, onde fica a superintendência regional da Sabesp. De lá a comitiva viajou até Jales para visitar in loco as instalações do Poção 1, Poção 3 em construção, usina fotovoltaica da Sabesp, passando pela estação de tratamento de água e esgoto.

O gerente da Sabesp Jales, Gilmar Rodrigues de Jesus, explica o funcionamento do Poção 1


Segundo o superintendente regional de Lins, Antônio Rodrigues da Grela Filho, o Dalua, a visita em Jales possibilita uma proximidade maior com a realidade das cidades deles, pois uma ida ao Japão seria inviável e desanimadora: “o Japão está tão avançado que fica muito distante da realidade dos países em desenvolvimento, pois ainda não temos a excelência que eles têm. A implantação dos sistemas de combate às perdas hídricas detecta que no Brasil hoje o percentual de perda está em 45%. Na região de Jales ele cai para 12%, sendo 7% em vazamentos e 5% comercial. Trazê-los para cá é mostrar que eles também podem começar e aos poucos conseguir bons resultados”, declarou Dalua.
Os visitantes demonstraram grande interesse pelas apresentações, questionando e levantando dúvidas a respeito da aplicação prática, inclusive em termos de orçamentos.
O gerente da divisão de Jales, Gilmar Rodrigues de Jesus, explicou na visita ao Poção, como funciona o resfriamento da água retirada do Aquífero Guarani, que sai com aproximadamente 52 graus e é resfriada com grandes sistemas de ventilação.

Na usina fotovoltaica da Sabesp: a importância da geração de energia através das placas solares e a economia gerada para a empresa através desse investimento


O angolano da cidade de Namibe, Edmir Fragão, disse que a hidrometria é um grande problema de sua cidade “precisamos reduzir as perdas que são muitas em nossa cidade, nossos ramais (tubulações) de água tem muitas junções, muitas emendas. Espero poder influenciar as pessoas da minha empresa com as técnicas aprendidas aqui. Nossa técnica de detenção de fugas de água é visual hoje em dia, com os equipamentos que estou conhecendo aqui, tudo ficará mais fácil”.
James Rios, diretor técnico do governo nacional de Bogotá na Colômbia, contou que sua participação busca o uso de água mais eficiente: “está sendo muito bom compartilhar experiências com os outros profissionais envolvidos no curso, pois temos problemas similares mas também podem haver soluções parecidas”.
Segundo o superintendente Dalua, os visitantes precisam dar o primeiro passo que é acreditar que podem reduzir as perdas de água: “eles estão munidos de estudos para demonstrarem em seus países que o trabalho de combate às perdas é altamente retornável financeiramente”, completou.

Da esquerda para a direita: César Alves Vieira, gerente do setor técnico operacional de Jales, Marcelo Roberto de Oliveira, gerente do setor de Auriflama, Gilmar Rodrigues de Jesus, gerente da divisão de Jales e Antônio Rodrigues da Grela Filho, superintendente regional de Lins
Nas obras da construção do Poção 3: mais conhecimento compartilhado com os engenheiros e técnicos visitantes

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