- Diário da região (Marco Antonio dos Santos)
O equipamento de cirurgia robótica de última geração, Da Vinci Xi, foi utilizado pela primeira vez no Hospital de Base de Rio Preto nesta quinta-feira, 20. Foram duas operações: pela manhã, a paciente é da rede particular; à tarde, uma moradora de Votuporanga, de 56 anos, com câncer colorretal, foi a primeira a passar pelo procedimento pelo SUS.
O robô Da Vinci Xi é a última e mais moderna geração de plataforma robótica. Foram investidos R$ 11,6 milhões na compra do “robô cirurgião”, que tem capacidade de fazer 20 operações por mês. O equipamento não opera sozinho, depende do manuseio dos médicos.
O responsável pela operação pelo SUS foi o cirurgião coloproctologista e oncológico Maximiliano Cadamuro Neto, um dos profissionais do HB mais capacitados em robótica médica.
“O robô tem uma tecnologia que garante melhor precisão dos movimentos e visão 3D em alta definição, além de ser minimamente invasivo, o que proporciona melhor recuperação e menos tempo de internação”, explica Maximiliano, coordenador do Programa de Cirurgia Robótica do HB.
No período da manhã, o equipamento de cirurgia robótica foi utilizado em uma paciente de 51 anos, de Nhandeara. O procedimento médico foi conduzido pelo cirurgião geral e do aparelho digestivo Marco Ribeiro, que fez uma correção de duas hérnias e da musculatura abdominal.
O equipamento foi comprado nos Estados Unidos e será utilizado em operações urológicas, oncológicas e ginecológicas, com a vantagem de reduzir até pela metade o tempo de recuperação dos pacientes. “A Funfarme (Fundação Faculdade Regional de Medicina) irá subsidiar com recursos próprios a parte do valor da cirurgia robótica para permitir que seja oferecida também a pacientes do SUS. Pretendemos que ao menos 20% dos procedimentos robóticos sejam em pacientes da saúde pública”, afirma Jorge Fares, diretor executivo da Funfarme, fundação mantenedora do Hospital de Base de Rio Preto.
Segundo Fares, a realização de dois procedimentos robóticos em um único dia coloca novamente a Funfarme como referência em medicina.
A diretora administrativa do HB e médica anestesiologista, Amália Tieco, destaca que a cirurgia robótica impacta diretamente na vida de pacientes e futuros médicos dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. “Acreditamos que, daqui a duas décadas, esta tecnologia esteja amplamente disponível nos rincões do Brasil. E, neste sentido, o HB terá feito história”, destaca.
Em Rio Preto, os hospitais Beneficência Portuguesa e Austa também realizam cirurgias robóticas, mas apenas pela rede particular.