• Giana Rodrigues

Marcado por campanhas em todo o país no dia 14, o Dia Mundial do Rim, instituído para toda segunda quinta-feira do mês de março, é dedicado à conscientização sobre a importância da prevenção e diagnóstico de doenças renais, coordenado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia.

Todos esses objetivos estão resumidos no tema da campanha em 2024 que é “Saúde dos Rins (& exame de creatinina) para todos: porque todos têm o direito ao diagnóstico e acesso ao tratamento”.
Os rins desempenham um papel crucial no corpo, filtrando o sangue e auxiliando na eliminação de toxinas, mantendo o equilíbrio dos minerais no corpo, regulando a quantidade de água e ativando a vitamina D no organismo, entre outras funções.

A Doença Renal Crônica (DRC) é uma lesão nos rins, que provoca a perda progressiva das funções do órgão, e necessita de tratamento constante.

No Brasil, a Organização Mundial da Saúde estima que haja 23 milhões de pessoas com doença renal crônica grave e a maioria necessita fazer hemodiálise, um número que tem aumentado a cada ano. A organização confirmou que, até 2040, a DRC deve ser a 5ª causa de morte no mundo.

Equipamentos e infraestrutura já estão prontos para início em cerca de 60 dias

SINTOMAS

A nefrologista Larissa Hummel Terra explica que: “a doença renal crônica é silenciosa e no início não possui sintomas, porém quando avançada pode ocorrer edema, diminuição da quantidade de urina, perda de apetite, confusão mental, presença de espuma na urina, entre outros sintomas”.

Ainda segundo a médica, as duas principais causas de hemodiálise no mundo são a hipertensão arterial e diabetes, que quando mal controladas podem levar a perda da função renal. O exame que detecta como está o funcionamento do rim se chama creatinina, e é um exame barato, de sangue e de fácil acesso para a população.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, a média de exames de creatinina realizados no município é de 700 ao mês.

PREVENÇÃO

A saúde do corpo humano como um todo geralmente está ligada ao estilo de vida adotado, com a função dos rins não é diferente.

“A principal forma de ajudar a saúde renal é o controle das comorbidades como diabetes, pressão alta, obesidade, doenças cardíacas, dieta adequada, pobre em industrializado e ultraprocessados, atividade física regular e hidratação”, alerta a médica nefrologista.

Em estágios iniciais, simples mudanças no estilo de vida, como dieta balanceada, realização de exercícios físicos, controle da pressão arterial e do açúcar no sangue, podem retardar a progressão da doença. Em estágios avançados, podem ser necessários medicamentos para controlar os sintomas e, em alguns casos, terapia renal substitutiva (TRS): diálise ou transplante renal.

GRAVES

O Instituto de Nefrologia de Jales – INEJAL já está com a infraestrutura para serviços de hemodiálise pronta. Segundo a médica Larissa Terra, que também é responsável técnica do empreendimento, o início da operação está previsto para começar em cerca de 60 dias: “dependemos apenas de vistorias e credenciamentos que estão em andamento”.

Os proprietários Evaldo Terra e Nilson Abdala ressaltam que os serviços de hemodiálise, diálise peritoneal e consultas ambulatoriais de nefrologia, atenderão o município de Jales e região, prestando atendimento ao SUS – Sistema Único de Saúde, convênios e particulares.

A diálise é um procedimento médico vital e essencial para pessoas com insuficiência renal avançada. Este processo artificial filtra o sangue para remover resíduos e excesso de fluidos quando os rins não conseguem mais desempenhar essa função.

Existem dois tipos principais de diálise: hemodiálise, que utiliza uma máquina para filtrar o sangue, e diálise peritoneal, que utiliza o revestimento abdominal como filtro. Em casos mais graves, quando a função renal está comprometida irreversivelmente, o transplante renal pode ser a melhor opção.

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