Inaugurado em março deste ano, o CIACA – Centro Integrado de Atendimento em Saúde mental à Criança e ao Adolescente de Jales atende crianças e jovens diagnosticados com transtornos mentais moderados a graves.
“Os casos considerados mais leves em saúde mental são atendidos em outras unidades como o CAPS – Centro de Atendimento Psicosocial, que recebe jovens acima de 15 anos”, informou a gerente administrativa Aline Alves de Oliveira, responsável pelo projeto.
Psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos, assistente social, terapeuta ocupacional, artesão, técnico em musicalização, educador físico, psiquiatra infantil e enfermeiro são as especialidades que compõem o corpo clínico do Ciaca, que hoje atende cerca de 95 pacientes que estão em tratamento e acompanhamento.
RECURSO
Mantido com recursos do Fundo Municipal da Infância e da Juventude – FMJ, o projeto partiu de um plano de trabalho apresentado pela Secretaria Municipal de Saúde ao Conselho Municipal da Criança e Adolescente – CMDCA e tem previsão de atuação durante 3 anos: “mas deve se tornar uma política pública permanente”, afirmou Aline.
O projeto, que ficou no papel por cerca de 5 anos, foi elaborado em conjunto pelas secretarias da Saúde, Educação e Assistência Social, que estão diretamente envolvidas no processo de atendimento dos pacientes.
A unidade previa o atendimento de 80 crianças e jovens “mas a necessidade superou nossa previsão e hoje temos fila de espera”, contou a gerente.
CAMINHO
Os responsáveis pelas crianças e adolescentes conseguem as vagas para atendimento após encaminhamento das unidades de saúde ou escolas, mediante laudo médico ou psicológico, relatório da necessidade de início do tratamento ou continuidade, no caso de crianças que já estão em acompanhamento. Então a família recebe o acolhimento da enfermagem, o caso é discutido com a equipe multidisciplinar para avaliação e a psiquiatra infantil, aliada a esta equipe, define o Plano Terapêutico Singular (PTS) para cada indivíduo.
Os atendimentos acontecem com horário marcado, e em casos em que há necessidade, é feito o transporte da criança sempre acompanhada do responsável. Após as consultas é servido lanche para os pacientes.
“O Fundo Municipal pode custear a compra de materiais permanentes, contratação dos profissionais, materiais de consumo e a Prefeitura entra com a contrapartida da adequação do prédio e outras necessidades”, completou Aline.