- Luiz Ramires
Em seu pronunciamento no final da primeira sessão ordinária do ano da Câmara, no dia 6 de janeiro, segunda-feira, o vereador Vanderley Vieira dos Santos (Deley) disse que pediu abertura de inquérito policial para apurar denúncia de racismo que teria sido praticada contra ele pela vereadora Carol Amador que o teria chamado de “gorila”, segundo lhe disse uma funcionária da Casa.
O vereador afirmou ao Jornal de Jales que ficou sabendo da afirmação através de um colega vereador no dia 1º de fevereiro e dois dias depois fez o pedido.
Disse que, quando foi informado, dirigiu-se até a Câmara e a funcionária confirmou, na presença de outras pessoas, inclusive do diretor da Casa. Ele afirmou que repetiu o que ouviu da funcionária. Disse que nãotem certeza de nada, apenas de que ouviu a fala da funcionária.
Carol disse que não usou aquela ou outras expressões e pediu para Deley mostrar as provas. “Não coloque palavras na minha boca”, afirmou da tribuna, respondendo a acusação.
SURPRESA
Ao Jornal de Jales a vereadora afirmou que na última segunda-feira foi surpreendida com a fala de um vereador, que em explicações pessoais disse que tinha se referido a ele com uma palavra racista. “Eu NUNCA em minha vida disse palavras que fossem ofensas raciais, religiosas, de gênero ou qualquer outra, ainda mais neste caso, que é uma pessoa que eu tenho amizade”, afirmou.
Segundo a vereadora, “esta história surgiu, inventada, porque o grupo que foi derrotado nas eleições da mesa da Câmara está tentando criar factóides para desestabilizar o grupo vencedor. Como não ganharam no voto querem ganhar no grito, inventando histórias”.
Carol afirmou: “me escolheram como alvo por dois motivos: porque eu liderei o movimento para a derrota deles nas eleições da mesa e porque eu sou MULHER. Esta situação é nítida discriminação de gênero”.
Ainda segundo a vereadora, “a própria pessoa que é indicada como a ouvinte da frase, já disse várias vezes ao Diretor da Câmara que não tem certeza do que ouviu. Tenho certeza que vou provar que esta história foi montada para me prejudicar, por eu ser uma combativa vereadora de oposição”. Ela concluiu com uma advertência dizendo que acusar de fato inexistente é crime.