Dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos em São José do Rio Preto e São Paulo/SP. A PF apurou que em pouco mais de quatro anos, o grupo criminoso teria movimentado mais de três bilhões de reais do garimpo ilegal de ouro no Mato Grosso e Pará.
A Polícia Federal deflagrou na manhã da terça-feira (10/9) a “Operação AQUA FORTIS” no combate à lavagem bilionária de dinheiro proveniente da extração e comércio ilegal de ouro em garimpos do Mato Grosso e Pará. Cerca de sessenta policiais federais estão cumprindo nove mandados de busca e apreensão em São José do Rio Preto/SP e um na cidade de São Paulo/SP. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal de São Paulo/SP.
Durante as investigações, a PF identificou um grande esquema de lavagem de dinheiro envolvendo empresários que comercializavam ilegalmente ouro com a utilização de vários artifícios criminosos, dentre eles a criação de empresas de fachada e a utilização de “laranjas” com o objetivo de ocultar a origem ilícita dos recursos bilionários movimentados nas contas dos investigados.
A movimentação de recursos financeiros sem origem lícita foi de aproximadamente três bilhões reais somente nos últimos quatro anos. Após a representação da PF, a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens dos investigados até o montante de R$1,3 bi. Entre os bens bloqueados estão imóveis, veículos, além de ativos financeiros identificados no decorrer das investigações.
Um dos investigados na operação é caçador profissional e teria em sua residência objetos relacionados à caça que também estão sendo alvo das buscas com o apoio de equipe de fiscalização do IBAMA. Todo o material apreendido será levado até a sede da PF em São José do Rio Preto/SP para serem analisados no interesse das investigações em curso. Os investigados poderão responder, na medida de suas condutas, pelos crimes de extração e comércio ilegal de ouro (Lei nº 8.176/91), lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A Operação foi denominada de “Aqua Fortis”, pois este era o nome dado na idade média para o “ácido nítrico”. O uso desde ácido é o método mais utilizado para obter a purificação/limpeza do ouro.
(Comunicação Social PF Rio Preto)