• Luiz Ramires


Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos na última terça-feira, dia 7, pela Polícia Federal de Jales, durante a Operação HIT, resultando na apreensão de grande quantidade de cigarros eletrônicos, também conhecidos como VAPS, PODS e outros nomes. Os mandados expedidos pela Justiça Federal foram cumpridos em Jales, Santa Fé do Sul, Urânia e Fernandópolis.
Segundo a PF, entre os milhares de produtos apreendidos também estão derivações como os líquidos utilizados nesses dispositivos eletrônicos, como essências e juices para vaporização sendo esses últimos de origem nacional e estrangeira.
Os cigarros eletrônicos funcionam com uma bateria e são em forma de cigarros, canetas ou pen drive e quase sempre usam aditivos com sabores, substâncias tóxicas e nicotina que segundo a PF causam dependência, doenças e até a morte.
A PF explicou que o nome da operação que em inglês significa bater, atingir, golpear, também é uma gíria usada por usuários desses cigarros que significa tragar, dar um tapa ou trago e foi utilizada em alusão à interrupção da ação desses comerciantes que descumprem a lei.

MUITAS DENÚNCIAS
Em entrevista coletiva, o delegado Alexandre Manoel Gonçalves, chefe da Polícia Federal em Jales informou que nos últimos meses a PF vinha recebendo muitas denúncias de comércio irregular desses dispositivos eletrônicos para fumar, principalmente entre os jovens.
Assim, na última terça-feira, dia sete de fevereiro, foi deflagrada a operação com a apreensão de grande quantidade desses cigarros e produtos utilizados, como essências que foram encaminhados para a Receita Federal para as autuações fiscais e os responsáveis pelas lojas segundo o delegado, podem responder pelo crime de contrabando, com pena de até cinco anos de reclusão. A operação continua para tentar localizar os distribuidores que estão trazendo os produtos para a região e repassando no comércio.
O delegado afirma que os comerciantes sabem da proibição, tanto que em uma das lojas os produtos foram encontrados em um fundo falso. São produtos proibidos pela ANVISA que vem de outros países, sem qualquer controle de qualidade e podem causar prejuízos à saúde dos seus consumidores.
As denúncias, segundo o delegado, podem ser feitas não só para a PF, mas para qualquer polícia que deve fazer a apreensão que pode resultar ainda na interdição dos estabelecimentos, além da responsabilidade penal de seus proprietários.
O delegado não acredita em grupo organizado, pois os produtos são adquiridos de formas esparsas, normalmente por via terrestre em ônibus ou em carregamentos particulares, de forma camuflada, mas a Polícia Rodoviária e a Receita Federal também estão cada vez mais atentas, como afirmou.

Milhares de cigarros eletrônicos e produtos usados no seu consumo foram apreendidos
A Polícia Federal recebeu muitas denúncias antes de decidir pela operação
Em uma das lojas denunciadas havia até um fundo falso para esconder os produtos

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