- Bruno Gabaldi
Após várias semanas com baixo registro de casos positivos para coronavírus em Jales e região, o início de janeiro assustou a população. Apenas entre os dias 7 e 14, o município contabilizou 543 casos positivos. Atualmente Jales marca no placar 835 pessoas em isolamento domiciliar, um total de 9.322 munícipes infectados desde o início da pandemia, 8.544 curados e 278 jalesenses que perderam a vida.
Em entrevista ao Jornal de Jales, o médico infectologista da Santa Casa de Jales e da Secretaria Municipal de Saúde, Maurício Kenzo, explicou que a DRS ainda não confirmou a presença da variante Ômicron na cidade, porém, na região chegou cerca de 30 dias atrás.
“Como na região já estava tendo casos da variante e teve um aumento significativo dos casos, nós acreditamos que já seja a variante Ômicron rodando em Jales, por isso a explosão de casos. Esse aumento é reflexo da aglomeração no fim do ano e de viagens. Então fica difícil para a Secretaria de Saúde controlar o vírus, estamos fazendo todo atendimento necessário”, esclareceu Maurício.
O médico informou que, até agora, todos os casos registrados em Jales estão sendo leves. “Também em nossa região não tivemos casos graves por enquanto. As próximas semanas serão uma caixinha de surpresas, porque será um período em que o paciente poderá apresentar sintomas mais graves, então tudo ainda é incerto. Até porque nosso hospital de referência em Rio Preto – Hospital de Base – está com 100% dos leitos de enfermaria ocupados”, ressaltou.
VACINAÇÃO INFANTIL
O médico Maurício Kenzo assegurou que a vacinação em crianças a partir de 5 anos vai permitir maior segurança para voltarem às atividades normais, como ir à escola, brincar, abraçar familiares e viverem o “novo normal”.
“A Sociedade Brasileira de Pediatria e também a Sociedade Brasileira de Infectologia e Imunização recomendam que as crianças sejam vacinadas. As próprias agências reguladoras dos países, no Brasil a Anvisa, preconizam que a imunização contra a Covid-19 faça parte do calendário vacinal infantil. Os testes em crianças, autorizados pelos pais, não apresentaram até agora eventos adversos graves a ponto de ter que cessar a vacina nessa faixa etária”, ressaltou o médico infectologista.