O Brasil vai enfrentar uma onda de calor sem precedentes em setembro, com temperaturas recordes sendo registrada em diversos estados, inclusive em partes do Sudeste, estando entre as regiões mais afetadas, segundo alertas emitidos pelas principais instituições de meteorologia do país.
O Climatempo e o Inmet (Instituto de Meteorologia) apontam que as temperaturas ficarão acima da média, com ondas de calor mais intensas já registradas, provocadas por um fenômeno conhecido como “cúpula de calor” e também devido à redução das chuvas.
AUMENTO
Em razão dessa onda de calor, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) projeta um aumento no consumo de energia por causa do maior número de equipamentos de ventilação e de ar-condicionado ligados em residências e empresas.
Para os consumidores que se preocupam com o valor da conta de luz e já iriam gastar mais do que o normal por causa do calor, a notícia não é positiva, visto que setembro começou com a conta mais cara por causa do acionamento da bandeira tarifária vermelha no patamar 1.
MUDANÇA
A Aneel, que havia confirmado a Bandeira Vermelha Patamar 2 para este mês de setembro, recuou e corrigiu os dados para o acionamento da Bandeira 1. O acréscimo será de R$ 4,46 a cada 100 kwh consumidos, devido à escassez de chuvas e o acionamento de usinas térmicas aumentando os custos da operação do sistema elétrico. A Bandeira 2 previa um aumento para R$ 7,87 a cada 100 kwh.
No entendimento da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o aumento na conta de luz poderia ser menor. Além do prejuízo para o bolso de todos, esta medida significa mais poluição para o nosso planeta, com o acionamento das termelétricas. Enquanto isso, energia renovável, limpa e competitiva está sendo desperdiçada no Brasil, com o sol à disposição como gerador de energia. Maior utilização deste recurso significa mais sustentabilidade e mais economia.
O Jornal de Jales ouviu o empresário Giorgio Barbosa, diretor da GX Energia Solar de Jales: “para o consumidor, é hora de pensar em economizar. E a estratégia para pagar menos na sua fatura de energia está na instalação de um sistema de energia solar fotovoltaica. As bandeiras não são cobradas sobre a energia compensada por sistema de micro e minigeração distribuída”, contou.
As bandeiras tarifárias são acionadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre a oferta de energia, incluindo nível dos reservatórios das hidrelétricas. Desde maio, as chuvas na região das usinas hídricas estão abaixo de 60% da média histórica no Sudeste, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), elevando riscos de bandeira alta na conta de luz.
“Possivelmente os próximos meses contarão com bandeiras tarifárias amarelas ou vermelhas, então quanto antes a população buscar ações de eficiência energética, melhor”, completou o empresário.
Segundo Giorgio, quem tem energia solar paga menos a bandeira vermelha. O projeto de lei 918/22 isenta da bandeira tarifária os consumidores que produzem a própria energia a partir de fontes eólica ou solar.
“Um sistema fotovoltaico que usa painéis para reter a luz do sol e gerar energia, reduz seu vínculo da rede distribuidora em até 90%”, finalizou.