No próximo dia 18 de junho, sábado, será realizada em Jales a primeira edição da Caminhada do Dia do Orgulho Autista, na data em que é celebrado o Dia Mundial do Orgulho Autista.

O evento está sendo organizado pela jalesense Cássia Higashi Jardim Tanios, com apoio da advogada Michele Stein Della Torre, da terapeuta Luana Rossafa Vila Jardim e da Prefeitura de Jales, por meios das secretarias municipais de Saúde, Educação, Desenvolvimento Social e Cidadania, Comunicação, Segurança Pública e Mobilidade Urbana.

De acordo com Cássia Tanios, o objetivo é “esclarecer as dúvidas sobre o Transtorno do Espectro Autista, para oferecer melhores condições de desenvolvimento e convivência familiar e social, reconhecendo as dificuldades no funcionamento. Acreditar e acompanhar a evolução e superação destas barreiras é o caminho. Vamos juntar nossas forças e incluir para transformar”, ressaltou.

A caminhada terá como ponto de partida a Praça Dr. Euphly Jalles, com previsão de saída para às 7h30, com destino à Praça João Mariano de Freitas – “Praça do Jacaré”.

Após a caminhada serão oferecidas diversas atrações para as crianças com a distribuição de pipoca, algodão-doce, brinquedos como cama elástica e animação de personagens. “Além disso teremos muita informação, troca de experiências entre os participantes e um dia muito alegre e importante para quem tem um familiar ou amigo com o Transtorno do Espectro Autista. Toda a população de Jales e região está convidada a participar”, finalizou Cássia.

O AUTISMO

Conforme divulgou a Secretaria de Comunicação, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) engloba diferentes condições marcadas por perturbações do desenvolvimento neurológico com três características fundamentais, que podem manifestar-se em conjunto ou isoladamente, sendo elas: dificuldade de comunicação por deficiência no domínio da linguagem e no uso da imaginação para lidar com jogos simbólicos, dificuldade de socialização e padrão de comportamento restritivo e repetitivo.

Também chamado de Desordens do Espectro Autista (DEA ou ASD em inglês), recebe o nome de espectro (spectrum) porque envolve situações e apresentações muito diferentes umas das outras, numa gradação que vai da mais leve à mais grave. Todas, porém, em menor ou maior grau estão relacionadas, com as dificuldades de comunicação e relacionamento social.

Há um tempo, o autismo era considerado uma condição rara, que atingia uma em cada 2 mil crianças. Hoje, as pesquisas mostram que uma em cada 44 crianças pode ser diagnosticada com algum grau do espectro, que afeta mais os meninos do que as meninas. Em geral, o transtorno se instala nos três primeiros anos de vida.

As manifestações na adolescência e na vida adulta estão correlacionadas com o grau de comprometimento e com a capacidade de superar as dificuldades seguindo as condutas terapêuticas adequadas para cada caso desde cedo.

O diagnóstico é essencialmente clínico. Baseia-se nos sinais e sintomas e leva em conta os critérios estabelecidos por DSM–IV (Manual de Diagnóstico e Estatística da Sociedade Norte-Americana de Psiquiatria) e pelo CID-10 (Classificação Internacional de Doenças da OMS), o comprometimento e o histórico do paciente.

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