Com o objetivo de fortalecer o protagonismo e empreendedorismo feminino, além de ampliar o networking entre as mulheres do agronegócio, o Sindicato Rural de Jales promoveu o evento “Mulheres: é tempo de colheita!” – Fase 3, na última segunda-feira, dia 6 de maio, na sede do sindicato.
A recepção foi feita pelo presidente José Candêo, que agradeceu o empenho dos parceiros e dos colaboradores para o sucesso de mais um evento, seguido pelo gerente do Sebrae Marcos José Amâncio. Foram realizadas quatro palestras:
. Como desenvolver o seu lado comercial, com a dra. Juliana Farah (vice-presidente da Comissão Semeadoras do Agro).
. Comunique-se com assertividade, com Camila Brunassi Marques (analista de Negócios do Sebrae/SP).
. Café com as semeadoras, com dra. Adriana Menezes (coordenadora Executiva da Comissão Semeadoras do Agro).
. Amar é se cuidar, com Ana Elisa Angelieri (diretora institucional da ONG Orientavida).
O J.J. entrevistou com exclusividade os palestrantes.
MARCOS JOSÉ AMÂNCIO
“É uma continuidade de eventos anteriores e tem como objetivo fazer com que a mulher no campo exerça o papel de protagonista, que ela possa cada vez mais desenvolver seu potencial e juntas fortaleçam a atuação da mulher no agronegócio regional. O Sebrae aposta muito no protagonismo da mulher, trazendo questão de empreendedorismo, trabalhando a inteligência emocional para chegar a uma gestão profissional”.
ADRIANA MENEZES
“Retornamos pela terceira vez em Jales para solidificar os dois módulos anteriores, com uma parte mais prática, convidá-las para uma troca de experiência entre elas, conhecimentos e informações”.
ANA ELISA ANGELIERI
“O assunto é a conscientização e prevenção na saúde da mulher. A prevenção do câncer de colo do útero, câncer de mama, a importância dos exames de rotina, alertar e sensibilizar sobre essa temática tão importante. Um dos nossos cuidados é reforçar para que essas mulheres se olhem, se amem. O maior sinônimo de amor ao próximo é a gente estar bem”.
DRA. JULIANA FARAH
“É importante ressaltar a área comercial, atentar-se para fazer o básico. Muitas vezes queremos inovar tanto com tanta rapidez e esquecemos de fazer apenas o básico. Gostaria de compartilhar uma frase com todas vocês: Tenham fé na mulher que você nasceu para ser, somente assim podemos chegar onde quisermos, ouvimos muito que lugar de mulher é onde ela quiser, e isso é verdade, depende apenas de nós, então tenha fé que você nasceu para ser a melhor mulher do mundo”.
CAMILA BRUNASSI MARQUES
“Eu ressalto a comunicação assertiva, a importância de como nós conversamos e nos comunicamos. A comunicação é muito mais que a fala, pois 65% da nossa comunicação é linguagem corporal e linguagem de emoções, é além das palavras. Somente 35% é nossa fala. Temos que conseguir conciliar três fatores: a linguagem, o corpo e as emoções, para assim termos uma comunicação assertiva, conseguir expressar de uma forma que seja clara, objetiva”.
DEPOIMENTOS
Durante o evento duas produtoras rurais dividiram suas experiências com as mulheres.
Bete Baleiro
“Sou produtora rural, empreendo no agro, palestrante, mentora e instrutura. Eu ministro treinamento no Senar/SP há 30 anos, eu e meu marido temos uma propriedade rural em Valentim Gentil. Atualmente moro em Votuporanga e montamos há três anos o Morango Vale das Águas, é um projeto de frutas vermelhas, iniciamos com morango e agora está aberta para visitantes. Não vendemos morango, vendemos experiência em colher o fruto e conhecer uma roça de morangos. E tem uma lanchonete onde proporcionamos um momento agradável com amigos e familiares e assim tornando possível a degustação de sucos, frapês e doces. E isso acabou virando um ponto onde recebemos vários grupos da turma do pedal de várias cidades. Eu fico muito feliz quando tenho a oportunidade de dar meu testemunho. A mulher tem uma força, é uma guerreira incrível e para empreender precisa sonhar”.
Bia Fagundes Borges Silva
“É uma história de amor como produtora de cogumelos Shimeji, em Fernandópolis, é uma ideia muito diferente. O empreendedorismo rural requer muita dedicação, é um trabalho muito árduo e as mulheres têm múltiplas funções. Eu e meu marido estamos na área há 10 anos com o Cogumelos Coloniais e me encontrei nesse ramo”.