Realidade virtual, veículos voadores, automação de máquinas, internet das coisas e cidades inteligentes. Toda essa tecnologia tem ares futuristas, mas já é mais do que realidade e os grandes responsáveis pelo desenvolvimento de tais ferramentas são engenheiros, agrônomos e geocientistas. O que separa o hoje do amanhã é a transformação digital, mas o que esses integrantes da área tecnológica podem esperar então para o futuro de suas profissões?
A missão de antecipar tendências envolve conhecimento tecnocientífico, inovação e criatividade para atender às demandas da sociedade e do mercado de trabalho com a resolução dos problemas mais atuais, centralizados em três principais frentes: gestão ambiental, populacional e climática.
“Os movimentos das Engenharias, Agronomia e Geociências já estão sendo direcionados para as questões ambientais”, comenta a diretora de Educação do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP), Eng. Agr. Andrea Sanches. Para a diretora, o cenário estimula infinitas possibilidades para o futuro da área tecnológica. “Para o profissional, é sempre uma oportunidade de aprimoramento”, diz.
A sustentabilidade é um dos principais desafios e perpassa diferentes setores, desde a cadeia de suprimentos – com implantação de estratégias e tecnologias de maior eficiência no agronegócio (manejo de solo, conexão de máquinas, compartilhamento de dados, softwares de monitoramento de pragas, melhoramento genético nas plantações e na pecuária) e na indústria alimentícia (máquinas em funcionamento programado, engenharias para segurança do trabalho e redução da emissão de gases do efeito estufa) – até os serviços de infraestrutura, saneamento, mobilidade, habitação, energias renováveis, entre outros.

O desafio é seguir avançando
Com a população em crescimento e o mercado em aceleração dinâmica, o profissional precisa ter um comportamento resiliente e multidisciplinar. Isso porque os produtos que nascem das soluções desenvolvidas pela área tecnológica têm origem na interação de equipes, na análise de dados e no estudo de variáveis.
“Trabalhar essa transformação não é difícil. Um profissional que consiga não só fazer o seu trabalho dentro de um grupo, mas que permita que todos os outros consigam alcançar o mesmo objetivo juntos é o futuro que vejo para a área tecnológica”, afirma o coordenador do Colégio de Instituições de Ensino Superior (CIES) do Crea-SP, Eng. Agr. Glauco Eduardo Pereira Cortez.
Para isso, segundo o especialista, precisa haver uma mudança na forma de ensinar, com o objetivo de envolver os alunos nos desafios e instigar a criação de grupos que busquem soluções para tais questões. “Aí sim vamos conseguir realmente preparar o profissional para o futuro”, sugere.
O espírito de empreendedorismo e as startups também devem ser incentivados. “Inovar não quer dizer sempre fazer algo completamente novo. Pode ser apenas fazer algo de um jeito novo, de um jeito diferente”, complementa Andrea.
Para servir de ponte nesse processo, tanto o Crea-SP quanto as entidades de classe estimulam a capacitação contínua e humanizada, além de promoverem interação entre os profissionais inseridos no Sistema Confea/Crea, em ações como cursos, palestras, workshops e outros eventos. No Conselho, o CreaLab (creasp.org.br/crealab) e o Crea-SP Capacita (creasp.org.br/capacita) são dois exemplos de iniciativas com esse intuito.

*CREA-SP( https://creasp.sharepoint.com/sites/EntidadedeClasse)

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