Os empregados da TUA – Transportes Urbanos de Araçatuba estão em estado de greve desde terça-feira, dia 15 e poderão paralisar suas atividades a qualquer momento, se as negociações com o Sindicato dos Motoristas não prosseguirem.
O diretor jurídico e representante da Comissão de Negociação da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo, José Roberto Duarte da Silveira destacou que já faz um ano que a entidade assumiu a gestão do sindicato, tanto na parte administrativa quanto de negociação e desde então o mesmo está tentando negociar com a empresa, sendo que maio é a data base dos motoristas.
O problema é que as negociações não estão evoluindo e como até o momento não havia uma proposta definitiva da empresa, o sindicato marcou para a terça-feira uma assembleia geral extraordinária com os trabalhadores para fazer a comunicação e uma avaliação de como estava a situação, lembrando que eles estão sem reajuste desde 2019.
Como os trabalhadores estavam dispostos a entrar em greve se não houvesse alguma proposta, o sindicato também colocou em votação o estado de greve. Ao receber a informação de que a paralisação estava para acontecer, a empresa fez uma proposta para ser apresentada na assembleia, concedendo um reajuste de 3,5% para valer a partir deste mês de março.
Acontece que as primeiras tentativas de negociação seriam para maio de 2021, mas pela proposta feita agora o reajuste não seria retroativo e sim valendo só para os meses de março e abril, pois para o período a partir de maio próximo teria que haver uma nova negociação, para valer até abril de 2023.
Mesmo assim, essa proposta foi colocada em votação e como já era esperado acabou sendo recusada na assembleia. Na sequência foi colocada em votação a proposta de estado de greve que foi aprovada pela grande maioria dos trabalhadores.
Logo em seguida, tanto a empresa quanto a Prefeitura de Araçatuba foram notificadas sobre o estado de greve, destacando que os trabalhadores poderiam parar a qualquer momento, se as negociações não prosseguirem da forma como devem ser conduzidas.
- Luiz Ramires / Assessoria de Comunicação