- Luiz Ramires
Uma ação administrativa está sendo proposta pelo Ministério Público Federal à Justiça Federal para aplicação de sanções contra a empresa Rumo e outros envolvidos pela má conservação da malha ferroviária que corta Jales e outras cidades.
É o que informa Adalberto Mariano dos Santos, o Betto Mariano, destacando que o principal objeto da ação era reduzir os exageros causados pelas buzinas, principalmente durante as madrugadas.
Ele lembra que entre várias outras medidas a serem adotadas o MP pede o pagamento mínimo de R$ 57.171.000,00, equivalente a 1% da receita aproximada da empresa nos últimos quatro trimestres anteriores ao ajuizamento da ação.
Betto disse ao Jornal de Jales que várias matérias foram publicadas pelo jornal, na época, com grande repercussão e que contribuíram para o Procurador da República em Jales acatasse o pedido para o encaminhamento de uma primeira ação em 2011 proposta por ele próprio, que já foi julgada e resultou na ação encaminhada agora pelo MP. “Nossos agradecimentos ao Jornal de Jales que na época APOIOU incondicional a esta causa!”, escreveu em seu blog.
Através de medição, Betto informa que foi comprovado o uso indiscriminado da buzina por maquinistas, além do sonoro estar bem acima do permitido. Assim, o Ministério Público pede que outras ações sejam acatadas, entre elas, restringir o trânsito das composições em áreas urbanas da circunscrição da Procuradoria da República no Município de Jales no período entre 7 e 22 horas.
Também pede para adequar o ruído produzido pelas buzinas das locomotivas aos parâmetros de ruído estabelecidos pela NBR 10.151 da ABNT, pelas áreas habitadas, bem como proibir o acionamento injustificado de buzina durante o período noturno.