Na noite de sexta-feira, dia 10, foi celebrada na Catedral de Jales Missa de 7º Dia pela alma do sr. Ovídio Miranda. Ele faleceu no dia 2 de fevereiro aos 88 anos, no Hospital de Base, em São José do Rio Preto, onde estava interno.
Membro de família de pioneiros em Jales, ele era casado com a sra. Clair Balbino Miranda, com a qual teve os filhos Edson, Elenir, Eliane, Ednei (falecido), que geraram quatro netos.
O corpo do sr. Ovídio foi velado das 7 às 16 horas do dia 3 , no Velório Municipal. Durante o dia, a família recebeu as condolências de cerca de 500 pessoas, tendo recebido também muitas coroas de flores de quem não pode comparecer.
Auxiliar de necropsia na Polícia Civil de Jales durante décadas, ele se notabilizou pela disposição ao trabalho, indo muito além de suas funções, independentemente do horário.
Alguns delegados e policiais que conviveram com o sr. Ovídio fizeram questão de se deslocar até Jales para a despedida ao colega servidor e para confortar a família.
Ele deixará saudades
No último dia 03, familiares e amigos despediram-se de um ilustre jalesense – Ovidio Miranda, também conhecido como o “seu Miranda da autópsia”, ou simplesmente “Mirandinha”, como era carinhosamente conhecido no meio local.
Servidor público de carreira, exerceu as funções do cargo de Auxiliar de Necropsia sempre atuando em Jales, de onde também seguia para atender casos ocorridos em municípios circunvizinhos. Tinha a seu encargo, junto com o médico legista, a realização de autopsias em corpos cadavéricos para produzir provas em inquéritos da Polícia Civil. Muito atuante, sempre solícito, disponível a todo tempo, o trabalho o retirava do convívio com a família até mesmo por noites, finais de semana e feriados – não tinha dia nem hora.
Atuou na Polícia Civil por mais de 30 anos, entre 1972 e 2003, quando se aposentou. Também fazia os serviços de estafeta da polícia, sozinho, de Jales a São Paulo, em uma época em que esse serviço era feito em viagem de ônibus, transportando pesados malotes levados a vários órgãos da instituição na capital paulista, de onde retornava trazendo consigo outros tantos volumes.
Seu Miranda, com seu jeito elegante e agradável, cativava a todos e se dirigia respeitosamente aos ex-colegas de atividade policial chamando-os de “fio”, “fia”. Adorava e não deixava de ir aos tradicionais cafés da manhã do Dia dos Aposentados da Polícia Civil. Profissional de fina estirpe, nobre de caráter e de singular elegância, deixará saudades.
- Por Charles Wiston de Oliveira (Delegado Seccional de Polícia)