- Luiz Ramires
A vice-presidente da Câmara Municipal, Carol Amador (MDB) ficou indignada e postou nas redes sociais um desabafo dizendo que não foi consultada sobre duas atitudes da Mesa Diretora: um ato administrativo proibindo o porte de armas nas dependências da Casa e uma portaria demitindo o assessor parlamentar Léo Huber.
Sobre a proibição do porte de armas ela afirma que para ter legalidade deve estar dotado de impessoalidade e critérios “o que não vejo nesse caso, pois é direcionado e sem critérios”. Os critérios, segundo a vereadora, incluem porta giratória para detector de metais em todas as portas que dão acesso ao lado externo do prédio, com travamento automático, como nos bancos.
Sobre a portaria para a demissão de Léo Huber, ela afirma que o mesmo desempenha um trabalho com dedicação, conhecimento e principalmente impessoalidade. E afirma: “Esta demissão é uma afronta ao ser humano”.
Carol também manifesta sua revolta pelo fato de não ter sido convidada/convocada para a reunião da Mesa, mesmo sendo a vice-presidente do Poder Legislativo.
Ela disse que iria votar contra os dois atos, mas em atendimento ao regimento interno, deveria ter sido convocada, o que, segundo ela, torna os referidos atos nulos de pleno direito, cabendo recurso a quem interessar.
OUTRO LADO
O presidente da Câmara, Ricardo Gouveia (PP), disse que os atos da Mesa Diretora não precisam de convocação, mas apenas da assinatura da maioria dos membros, como acontece com as proposituras. Havendo maioria (no caso foram três, faltando apenas a assinatura da Carol), o ato é aprovado.
Assim, o ato administrativo e a portaria foram assinados pelos demais integrantes da Mesa: ele, presidente, Ricardo Gouveia (PP), a primeira secretária, Andrea Moreto (PODE) e o segundo secretário, Rivelino Rodrigues (PP).
Ele disse que consultou o regimento interno e a diretoria da Câmara sobre a questão e confirmou o que já havia dito ao Jornal de Jales e que, portanto os dois atos estão valendo e não tem o que se falar em nulidade.
Ricardo disse que Carol tem todo direito de recorrer e promete acatar o que for decidido, em caso de recurso na Justiça.
Sobre a demissão de Léo Huber, Ricardo disse que não houve nada de pessoal, mas simplesmente uma decisão da Mesa de mudar a pessoa que ocupava o cargo como assessor parlamentar.