Oswaldo Polizio Junior, o Vadinho, pode ser considerado uma espécie de decano dos arquitetos de Jales e região. Formado em 1979, portanto há 44 anos, ele teve participação direta na edificação de residências, estabelecimentos comerciais e até agremiações socioesportivas ao longo desse tempo todo. Por esta razão, feliz, ele afirma que se o tempo voltasse e tivesse que fazer opção profissional, ele faria tudo novamente do mesmo jeito. Eis a íntegra da entrevista concedida ao J.J.
J.J. – Olhando pelo retrovisor, valeu a pena optar pela arquitetura?
Vadinho Polizio – Sem dúvida. Faria tudo novamente do mesmo jeito.
J.J. – Alguém o influenciou a seguir a carreira?
Vadinho Polizio – Claro que foi meu inesquecível pai, meu grande mestre, arquiteto autodidata, com uma sabedoria sempre atual e inovadora. Aprendi muito com ele. E hoje tenho motivo de muito orgulho o meu filho Heitor Polizio que está dando continuidade no nome Polizio Arquitetura.
J.J. – O senhor tem ideia de quantos projetos produziu nestas décadas todas?
Vadinho Polizio – Me formei em 1979, em Arquitetura e Urbanismo em Santos, há 43 anos. Considerando em média dez projetos por ano, aproximadamente uns 500 projetos.
J.J. – Dos projetos que saíram de sua prancheta, a maioria foi de residências, logradouros públicos ou prédios de instituições?
Vadinho Polizio – A maioria dos projetos foi residencial, fizemos concessionárias de veículos, edifícios, estabelecimentos comercias e outros.
J.J. – Em termos de área, qual foi a maior obra derivada de projeto de sua autoria?
Vadinho Polizio – Construções de edifícios, concessionárias e supermercados em torno de 5 a 6 mil metros quadrados.
J.J. – Em relação aos projetos residenciais, o que prevalece: a opinião do arquiteto ou a vontade do cliente?
Vadinho Polizio – Sempre tive o cuidado de explorar todas as necessidades, sentimentos e anseios dos meus clientes, considerando que a residência é o Lar, onde tudo acontece. A arquitetura expressa a personalidade de seus moradores; de modo que conseguimos satisfazer seus desejos e aplicar nossa criatividade em concepções plásticas na arquitetura. E, ao término de cada edificação a maior satisfação é o olhar e a gratidão de cada cliente e cada novo amigo que ganhamos.
J.J. – Em termos de arquitetura, Jales melhorou ou piorou ao longo dos últimos anos?
Vadinho Polizio – Sim melhorou. Hoje Jales conta com ótimos profissionais de arquitetura. Fico orgulhoso disto, pois alguns foram meus estagiários, trabalharam comigo e continuam na profissão.
J.J. – Se tivesse que começar tudo, o senhor também optaria pela arquitetura?
Vadinho Polizio – Se eu tivesse o dom, gostaria de tocar trompete, mas jamais deixaria a arquitetura.