Ao confirmar a construção de viaduto sobre os trilhos da ferrovia na Rua 2 com a avenida Jânio Quadrados, com ligação para a Rua Osvaldo Cruz, Rodrigo Verardino, gerente de Relações Governamentais da Rumo, empresa concessionária da malha ferroviária paulista, informou que o início das obras só não aconteceu ainda em virtude de um pequeno entrave burocrático com órgão do governo federal.
Em entrevista concedida ao programa Antena Ligada, da Antena 102, sexta-feira, dia 3 de junho, Verardino explicou que o problema remete ao tempo em que a Fepasa foi privatizada. A empresa ganhadora do certame ficou com os chamados ativos operacionais, mas ainda restaram alguns terrenos que permanecem sob controle da Secretaria de Patrimônio da União, como é o caso de Jales.
Para que a obra seja iniciada em Jales, é necessária a transferência à Rumo da área pertencente à SPU. Na opinião do entrevistado, há um clima de boa vontade tanto por parte da SPU quanto do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
Caso a pendência esteja resolvida até setembro, data prevista para o término do primeiro viaduto, na avenida Minas Gerais, os operários da empresa que executam o serviço na cidade serão deslocados para a Rua 2.

INVESTIMENTOS
Detentora da concessão de 14 mil quilômetros de linha férrea, mais de 1.400 locomotivas, e 33 mil vagões, tendo transportado cerca de 33 milhões de toneladas entre o Mato Grosso e Santos, a Rumo tornou-se líder, em termos de logísticas.
Tais investimentos só foram possíveis a partir do momento em que o governo federal, com a anuência do Tribunal de Contas da União, concordou em antecipar a renovação da concessão por mais 30 anos, em 2019.
Vem daí a ligação entre a Rumo e Jales, na medida em que o então prefeito Flávio Prandi Franco, também presidente da Associação de Municípios da Araraquarense, participou de painel promovido pelo TCU no qual falou em nome dos 645 prefeitos paulistas defendendo a antecipação da concessão.
Além de Jales, serão beneficiadas outras 70 cidades paulistas. Em algumas, as obras serão de construção de viadutos, outras de passarelas, também de passagens inferiores, dentro do propósito de promover intervenções urbanas.

PASSAGEIROS
Durante a entrevista, Rodrigo Verardino descartou a hipótese de resgatar o transporte de passageiros através da Rumo. Ele enfatizou que, de um lado, a concessão foi dada para transporte de cargas. E, de outro, ninguém deixará de se locomover de carro ou ônibus por rodovias duplicadas para gastar, no mínimo, o triplo do trem em composições ferroviárias.
“Nós sabemos que existe um certo saudosismo das pessoas para viajar de trem, mas, neste caso, é impraticável pelos motivos já citados”, explicou Verardino.
Outro aspecto revelado pelo gerente da Rumo é que cada composição ferroviária que passa por Jales tem 120 vagões, algo em torno de 2.200 metros de comprimento.

De sua parte, a vereadora Carol Amador (MDB) apresentou projeto de lei a ser discutido e votado na reunião da Câmara amanhã, dia 6, sugerindo o nome do delegado de polícia Sebastião Biazzi à obra.

O prefeito Luís Henrique dos Santos Moreira recebeu em seu gabinete Rodrigo Verardino, executivo da Rumo, e se declarou satisfeito com o que ouviu
Rodrigo Verardino, gerente de operações governamentais da Rumo, e o ex-prefeito Flá entrevistados pela equipe de jornalismo da Antena 102 FM na manhã de sexta-feira

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