Perder alguém que fez parte de nossas vidas por algumas décadas é uma experiência profundamente dolorosa. Quando essa pessoa era muito próxima, a perda se torna ainda mais intensa.
Decidi escrever essas linhas para prestar minha homenagem a um companheiro de trabalho e amigo querido, um jornalista talentoso que deixou um impacto permanente em minha vida e na vida de todos que o conheciam. Seu sorriso fácil e sua gargalhada marcante serão lembrados com carinho e saudade.
Na redação sempre fazia piadas para dar aquela descontraída e ele sempre tinha uma pessoa que era o centro das suas piadas na redação. Entre algumas piadas aproveitava para envolver sua morte, velório e enterro, com um toque de sagacidade e inteligência. Ele trazia leveza a esse tema e nós riamos, não levávamos a sério e eu sempre achei que ele viveria até uns 100 anos, porém nos surpreendeu.
Será difícil ficar na redação ver sua mesa, sua cadeira de madeira que gostava na qual passava horas em frente ao computador, onde produzia os melhores textos para seu Editorial, a “Coluna Gente” e a coluna “Fique Sabendo”. Sua escrita era perspicaz e envolvente, e sempre encontrava uma maneira única de transmitir informações relevantes com uma pitada de humor inteligente. Tinha uma habilidade de entreter e alegrar os outros era uma de suas qualidades mais notáveis, tornando-o uma figura adorada e respeitada.
Me lembro que sempre ao finalizar cada conversa principalmente ao telefone, ele deixava uma mensagem simples, porém poderosa, que refletia sua preocupação genuína com o bem-estar físico e emocional das pessoas ao seu redor.
Era sua forma de lembrar a todos que a saúde é um tesouro precioso, e a paz interior é fundamental para enfrentar os desafios da vida. Essa mensagem, agora eternizada em nossas memórias, ecoa como um lembrete constante para cuidarmos de nós mesmos e desejarmos o melhor uns aos outros.
Querido Deonel, foram vários anos juntos. Os dias de “rabugices” despertava a ira por tanta pressão, outros alegria e leveza que trazia aos nossos corações quando via que tudo estava como desejava e nessas horas nos divertíamos muito, quantos risos na sala de redação. Quanta descontração já tivemos nesse lugar. Agora está triste sem suas gargalhadas por aqui.
Sua partida foi uma experiência dolorosa e deixou um vazio em nossos corações, mas também é reconfortante poder lembrar das características únicas e do legado valioso deixado por você. Suas memórias continuarão vivas em seus corações, você nos ensinou muito.
“Saúde e Paz”

  • Célia Carvalho (Diagramadora do Jornal de Jales)

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