• Chico Melfi

O tempo passa como o vento. Cinquenta e dois anos já se foram desde a circulação da primeira edição do Jornal de Jales, em 10 de outubro de 1971. Atuando como testemunha ocular da história, o pioneiro hebdomadário, registrou para a posteridade, com independência e fidelidade, os fatos marcantes de uma época tão distante e tão saudosa.
A edição número um destacou como manchete principal a posse de Oscar de Almeida Rayel, então presidente da Câmara Municipal no cargo de prefeito, em razão da licença do então prefeito Edison Freitas de Oliveira e do vice prefeito Nilo Neto.
Eram vereadores: Jairo de Matos Azevedo, Osvaldo Carvalho, José Carlos Cavenaghi, João do Carmo Lisboa, Valentim Paulo Viola, Osvaldo Soler, Milton Mata de Lima, Manoel Rossafa Rodrigues, Sebastião Criado, Lourival Paz Landim, Armando Cardoso Pereira, Satoru Yamada e Pedro Perasolo.
A primeira página mostrou uma foto do Papa Paulo VI, informando sobre o Sínodo Mundial dos Bispos, em Roma, o prefeito de Urania, Benedito Pinto Ferreira Braga, preocupado com a falta de sementes para o plantio em seu município e Três Fronteiras assolada por uma forte chuva de granizo.
Na última página uma matéria de minha lavra, enfatizava a importância da construção da ponte rodoferroviária sobre o rio Paranã, entre Rubinéia e Aparecida do Tabuado, como “obra de integração nacional”.
Em página interna, outra notícia importante foi destaque: o anuncio pelo governo estadual da possibilidade da abertura e asfaltamento da rodovia estadual Jales/Araçatuba.
Na página oficial os destaques foram: editais de praça publicados pelo então Juiz de Direito Dr. Juvêncio Gomes Garcia e uma prestação de contas do Lions Clube assinada por seu presidente Nelson Ferreira Mendes, referente à arrecadação e despesas da Festa do Quentão.
Na coluna social o principal registro foi o baile no Clube do Ipê, abrilhantado pela orquestra “Nigth and Day”, de Barretos, com um concorrido desfile de modas, com destaque para as fulgurantes presenças de Maria Angelica Mazocato, rainha e Maria Saldanha Guimarães, princesa.
Bons tempos que se foram e não voltam mais!

“JALES NO MAPA”

Neste próximo dia dez de Outubro se completam 52 anos de existência do Jornal de Jales.
O simbolismo da data coloca logo em evidência a relação entre o “Jornal de Jales” sob a Direção do Jornalista Deonel Rosa Júnior, e a história dos 45 municípios que compõem o território da Diocese.
Apresento um detalhe. A cidade de Jales era pouco conhecida. Em vista dos inúmeros compromissos que precisei assumir, em nome da CNBB, o nome de JALES começou a aparecer com frequência na imprensa. E a cidade de JALES começou a sair do anonimato.
Quem mais vibrava com isto era o Jornalista Deonel. Se tornou o mais interessado nos assuntos debatidos.
A pergunta era fatal: “Adonde es Jales?” E as referências mais tranquilas eram de ordem geográfica.
Mas para o Jornalista Deonel o que mais interessava era a discussão da realidade feita em cada diocese. E a diocese de Jales passou a constar “no mapa” da realidade nacional e mundial.
O Jornal de Jales, junto com o jornalista Deonel, ajudaram a “colocar Jales no mapa”
(Dom Demétrio Valentini, bispo emérito)

O sonho valeu a pena

Na década de setenta fui repórter e colunista do Jornal de Jales, sob a batuta dos jornalistas Chico Melfi e Zeca Moreira. Tive o privilégio de ser colega de redação de Deonel Rosa Junior.
Mesmo à distância, ao longo dos anos, acompanhei semanalmente pelas páginas do Jornal o desenvolvimento de Jales, minha terra natal adotiva. Também nasci em Olímpia.
Todos os movimentos, de todos os setores da sociedade, que foram legítimos, pois visavam o desenvolvimento da cidade e da região, tiveram o apoio corajoso e decisivo do JJ.
A ausência de Deonel me toca muito, mas me regozijo ao ver que o legado dele segue em frente, pelas mãos e mentes da sua equipe comprometida. O sonho valeu a pena. Parabéns! (Saulo Nunes)

DO: JORNAL DE JALES
PARA: DEONEL ROSA JUNIOR

O lugar onde você passou a maior parte de sua vida é bem pequeno dentro mundo, mas o mundo que ele criou, através das minhas folhas (Jornal de Jales) foi enorme. Você foi uma das vozes mais potentes e marcantes do rádio Jalesense com seu programa Vanguarda marcou época, também, como apresentador do Jornal da Manhã, nos bons tempos da Rádio Cultura. Não existem palavras para descrever a pessoa maravilhosa que você foi. Minha vida está recheada de memórias lindas graças à sua presença, e sei que vai ser difícil relembrar tudo que vivemos sem sentir uma dor amarga.
No meu aniversário está faltando você.
Meu coração chora e não existe consolo possível para tão grande dor. Você partiu de repente, e de repente meu mundo ficou sem cor. Não existem palavras para descrever a pessoa maravilhosa que você foi. Minha vida está recheada de memórias lindas graças à sua presença, e sei que vai ser difícil relembrar tudo que vivemos sem sentir uma dor amarga.
Você partiu, mas deixou um bom exemplo do que é ser um verdadeiro amigo, uma pessoa pura e bondosa, alguém que soube aproveitar cada momento ao máximo. Foi uma honra ter sua amizade e poder compartilhar minha vida com alguém tão especial.
Você me deixou lindas e preciosas lembranças que juntos construímos, mas junto com elas ficará eternamente grudada esta saudade que fere a alma. Espero que você esteja em um lugar melhor.
Até sempre, amigo! (Marco Antonio Poletto)

Segundo meu amigo andarilho bebum, Deonel está feliz

Este Jornal de Jales comemora mais um ano de sua fundação. E pela primeira vez a data será comemorada sem a presença física do meu amigo Deonel Rosa Junior.
E me vem à cabeça os momentos que riamos muito quando eu citava “meu amigo andarilho bebum” (quando não podia revelar a fonte do que escrevia.) Era seu personagem preferido.
Me vem à cabeça também os muitos e muitos momentos em que eu parava de escrever a minha crônica para consultar nomes, fatos e datas relativos à Jales e seus habitantes com o Deonel. Que memória privilegiada.
Difícil falar do Deonel. Mas tenho uma certeza. Os anjos do céu o receberam com um grande “háháhá”, quando da sua chegada.
Aqui na terra, por hoje é só, Deonel. (Fábio Fiorani)

Mas o mundo que você (trocar por ele) criou…

Os grandes movimentos culturais e políticos locais passaram pela brilhante análise e apreciação do Deonel. As suas interpretações e sínteses faziam dele um jornalista especial. As páginas do jornal traziam o movimento social e político que se operava em nossa sociedade, e a sutileza e elegância de seu discurso, traduziam de maneira límpida e sutil a nossa característica.
Não posso deixar de dizer do amigo: sempre às voltas com o meu percurso profissional e pessoal. Foi um grande analista dos aspectos emocionais que me envolveram nas questões familiares e nas minhas crenças. Uma pessoa que, embora culta, apreciava a opinião do outro, e tinha discernimento para o suporte ao confronto, seja político, seja pessoal. Foi um grande companheiro das jornadas diárias e noturnas, quando da efervescência cultural na nossa sociedade: seja no teatro, TEJA, nos programas de rádio, Vanguarda, Luar do Sertão, nas rodas de samba, nas passagens pelas festas culturais na região, sempre uma grande companhia. (Cid Sanches)

J.J. faz 52

Primeiro aniversário desse prestigioso jornal sem a presença marcante e inesquecível de seu emérito fundador nosso querido Deonel.
Semanalmente levando aos jalesenses os acontecimentos locais, regionais e internacionais.
Brilhante em divulgar a política de forma clara, didática e imparcial. Acontecimentos sociais elevando a autoestima e o cuidado dos jalesenses com suas famílias.
Divulgando o agro pioneiro na produção das uvas, das inúmeras frutas que essa terra cultiva com orgulho e doçura inigualáveis.
Divulgando as belas fazendas com seu gado leiteiro e de corte que fazem a economia girar de forma sustentável e lucrativa.
Também o trato super humano dispensado aos enfermos nos hospitais e que atendem uma grande região.
Toda essa riqueza era continuamente pautada nesse Jornal com a finalidade de divulgar as maravilhas dessa terra tão rica, respeitada e admirada por todos.
Temos pesar pela ausência do querido Deonel, mas nos orgulhamos imensamente pelo legado intelectual e moderno que ele disseminou e continua presente nesse maravilhoso informativo que ele construiu com orgulho, sabedoria e assertividade.
Ao Jornal de Jales, parabéns pela efeméride. Ao querido Deonel nossa eterna admiração e gratidão por esse feito tão brilhante e incomparável que foi a fundação desse Jornal de Jales. (Regina e Roberto Gonçalves)

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