Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional do Idoso é celebrado neste domingo, 1º de outubro. Mais do que uma simples data no calendário, estamos falando de uma oportunidade para que as pessoas lembrem que a idade chega para todos e que, com ela, temos novas dificuldades.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados em 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a população com 65 anos ou mais no Brasil representava 10,5%. Em dez anos, houve um aumento da proporção dos idosos no total da população. Em 2012, o percentual era de 7,7%.
A pergunta que fica nesse dia tão importante de reflexão: é possível envelhecer com qualidade de vida?
Para especialistas, a qualidade de vida na velhice está associada a uma vida ativa e com hábitos saudáveis como praticar atividade física, ter uma alimentação saudável e manter a mente estimulada com novas atividades. Outro fator associado à qualidade de vida na terceira idade são as relações sociais, principalmente o contato com a família, amigos e colegas de trabalho.
Já que falamos de família, o papel é relevante e está previsto em lei respaldada pelo Estatuto do Idoso. Mas tome cuidado na proteção do idoso e respeite os limites e a autonomia a fim de não o cercear de suas liberdades e desejos.
Na sociedade, bancos, lojas, mercados, transportes e outros serviços e estabelecimentos precisam buscar formas de inclusão, não apenas como consumidor, mas também como força de trabalho.
Falando em mercado de trabalho a proporção de trabalhadores brasileiros com 40 anos vem crescendo. Segundo o IBGE, entre 2012 e 2023, a participação de pessoas nessa faixa etária no mercado havia passado de 38,6% para 45,1%. O fenômeno é mundial e ainda mais robusto em outros países.
Uma pesquisa da consultoria internacional Brain & Company aponta que, até 2030, cerca de 150 milhões de postos de trabalho irão para pessoas acima dos 55 anos nas nações do G7, que reúnem as principais economias do planeta: Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Diante desse cenário, outra pergunta se faz necessária. Será que as empresas estão se preparando para integrar os mais velhos a um ambiente multigeracional, reforçando suas habilidades na área digital?
Voltando a falar sobre a saúde dos idosos, a Sociedade Brasileira Geriatria Gerontologia indica que as principais causas de mortes acidentais de idosos são atropelamento e quedas, o que pode levar a consequências diretas, como lesões e fraturas, e indiretas, como medo de cair e isolamento social, entre outros.
Atitudes simples ajudam a prevenir essas quedas: evite tapetes soltos, escadas e corredores devem ter corrimão nos dois lados, oriente o uso de sapatos fechados com solado de borracha, coloque tapete antiderrapante no banheiro, evite caminhadas em pisos úmidos, não encere o chão de casa, deixe espaços livres com poucos móveis e objetos espalhados pela casa, deixe uma luz acesa à noite, para o caso de precisar se levantar, oriente pela espera para que o ônibus pare completamente ao subir ou descer e o uso da faixa de pedestre e se necessário incentive o uso de bengalas, muletas ou outros instrumentos de apoio.
Cuidar dos nossos idosos é tratar o nosso futuro com mais respeito, além de cuidar de quem sempre cuidou de você. Quem age com descaso para com nossos idosos deve se lembrar que será um deles no futuro.

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