Vivenciamos dois anos de uma pandemia, que nos trouxe além de mortes, luto e sofrimento, uma reflexão sobre a Educação e os desafios enfrentados pelos professores, a inovação tecnológica e pedagógica.
A pandemia deixou clara a necessidade presencial do professor em sala de aula, a sua importância como educador na vida de uma criança e de um jovem, não há como substituir o professor pela tecnologia, pois ele é essencial.
Neste ano a Igreja Católica no Brasil está realizando a Campanha da Fraternidade, cujo tema é “Fraternidade e Educação” trazendo o lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (cf Pr 31,26) uma ação que também nos convida a refletir a realidade educacional em nosso País.
Além de reflexões sobre políticas públicas para melhoria e investimentos na educação brasileira, temos a possibilidade de refletir o nosso papel como sociedade civil, na construção de uma educação consistente que cria possibilidades para as nossas crianças e jovens serem cidadãos com direitos e deveres.
Os desafios são grandes, mas o amor dos profissionais que atuam na educação é maior, rompe barreiras, a fim de oferecer uma formação de qualidade com o apoio da sociedade.
É preciso um olhar atento para a formação de nossas crianças e jovens, é preciso que as famílias estejam mais presentes na vida de seus filhos, mais presentes no ambiente escolar, pois com essa comunhão de escola, família e educadores, criamos a possibilidade de uma formação adequada e propositora do desenvolvimento pessoal de crianças e jovens.
Com a mudança da nova Base Nacional Curricular Comum (BNCC), a educação brasileira tem a oportunidade de formar os futuros agentes da cidadania com mais protagonismo e emancipação, com a escola de tempo integral, que incentiva muito mais a autonomia do aluno.
A escola de tempo integral é a renovação de um tempo em que, a educação deixa de ser arcaica e passa a visualizar novos horizontes, dando possibilidades aos alunos de construírem seus projetos de vida, seu futuro e sua formação completa para atuar na sociedade com justiça, igualdade e amor, alicerçada no respeito.
A educação humanizadora quebra os grilhões da injustiça, desfaz todo tipo de violência presente na sociedade, uma educação a serviço do bem comum, é capaz de promover a paz.
A preocupação da Igreja Católica, no Brasil, vem de encontro com a preocupação dos educadores, para que possamos ter uma educação de qualidade, sempre focada no desenvolvimento do ser humano, nas oportunidades e nos anseios de tantos jovens, por tanto é preciso um olhar especial para a Educação.
- Prof. Adriano Marques Fernandes (Teólogo, Professor de Filosofia e História)