Desde os primórdios dos tempos um dos elementos da vida humana persiste de forma constante: a ascensão do mau! Este, diante das narrativas bíblicas, é reconhecido tendo uma imagem diabólica permeado na ruptura da primeira Aliança estabelecida por Deus entre o homem e a mulher. Ali, há a presença do pecado, logo há a ausência da graça, sobretudo a graça de Deus. Ele, no entanto, envia Jesus Cristo manifestando, assim, um amor grandioso capaz de santificar e salvar a todos, conforme afirma o evangelista João (3,16) “Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho unigênito, para que todo o que n´Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”.
É pela graça, portanto, que conquistamos ainda mais o coração do Pai misericordioso. Mas, o que vem a ser este “sinal da graça”? Ela é uma relação permanente com Deus; uma realização do homem diante do mundo em que vive e sua relação com os outros homens; é um estado de santidade, divinização e justificação de cada homem e mulher que procura o bem.
Para que este sinal da graça seja edificado na vida humana se faz necessário que cada indivíduo tenha a experiência concreta com a Igreja: porta da salvação, e que nos dispõe dos Sacramentos: revelação intensa da Pessoa de Jesus Cristo na vida da humanidade.
Neste sentido, a graça transforma as criaturas e ao mesmo tempo as colocam num estado de santidade. Ser “santo”, no entanto, é vivenciar e testemunhar Jesus Cristo e assim como Ele poder ser chamado de filho de Deus e se com o batismo somos “sepultados e renascidas novas criaturas” (Cf. Papa Francisco), somos eleitos para o bem.
O caminho para que tudo isso se concretize é a conversão: nossa comunhão com o Senhor. Viver a conversão é buscar partilhar da “oração, jejum e caridade” – virtudes oferecidas a nós, sobretudo, com o tempo Quaresmal que vivenciamos: quarenta dias em que partilhamos no deserto da vida reconhecendo nossas limitações, seguindo os passos do Cristo Senhor e alcançando nossa salvação.
Já não estamos sozinhos: Deus sempre nos oferece o melhor, pois nos ama até o fim. Pela liberdade concedida a cada um, busquemos aquilo que é perfeito e dá sempre vida nova: Jesus Cristo, nosso bem maior.
- Vitor Rafael (Estudante do 4º ano de Teologia do Seminário Diocesano de Jales)