Qual o ponto de partida…será que há algum?
A psicanálise teve início com os estudos de Sigmund Freud no final do século 19 com grandes descobertas, principalmente, casos clínicos impactantes que foram estudados e relatados.
Freud partiu assim de um saber incompleto, pulsante, em cri(a)ção.
De forma genial, o pai da psicanálise se manteve produtivo até os últimos momentos de sua vida, produzindo uma obra que inspirou e inspira pensadores até os nossos dias e não apenas no campo da psicanálise.
Grandes psicanalistas partiram desses primeiros escritos, estreitando aproximações, alargando margens e aprofundando abismos.
Já no século 20, um dos pensadores que tomaram desse manancial freudiano foi Jacques Lacan.
Esse psicanalista e psiquiatra francês foi responsável por um retorno a Freud que se desdobra até hoje.
Apropriando-se da linguística, na qual muitas vezes subverteu alguns conceitos, da matemática, da lógica e da topologia, fez uma leitura rigorosa do que foi proposto por Freud e abriu assim novas possibilidades, atualizando a psicanálise. Em outras palavras, Lacan com o retorno a Freud, redefiniu e construiu um novo caminho para a psicanálise, nunca tendo abandonado o campo freudiano.
No belíssimo texto “Carta de Dissolução”, 1980, Lacan afirma que empenhou-se em restaurar “no campo aberto por Freud, a lâmina cortante de sua verdade”.
É com essa proposta que o Logos dá início à mais um ciclo no próximo sábado, dia 26, com o grupo de estudos Narrativas Psicanalíticas: a metapsicologia freudiana.
O grupo tem como público alvo psicólogos, alunos de psicologia, psicanalistas e psicanalistas em formação que tenham como objeto de seu desejo o estudo da obra freudiana e a sua importância para a clínica contemporânea.
Os interessados podem enviar e-mail para [email protected] para mais informações.
E como perguntamos no início: Qual o ponto de partida…será que há algum?
Bem, há um Freud para cada um!
Autores:
Guilherme Ciribelli
(Psicólogo 06/68466) Psicanalista e supervisor, linha francesa. Doutorando em Ciências Médicas pela Universidade Italiana de Rosário, Argentina. Mestre em Promoção de Saúde pela Universidade de Franca. Título de especialista em Teoria, Técnica e Estratégias em Psicanálise pela USP/SP. Diretor científico do Logos – Psicanálise e Educação. Tem como objeto de estudo o desejo que “falo”)
Alexander Morishigue
(Psicólogo CRP 06/97917). Psicoterapeuta de orientação psicanalítica e supervisor, linha inglesa. Título de especialista em Psicologia Clínica e Psicanálise pela Universidade de Araraquara. Diretor acadêmico do Logos – Psicanálise e Educação. Tem como objeto de estudo a metapsicologia dos limites.)