O ano é 1932 e o autor da pergunta, Albert Einstein.
Mas qual a razão que levou Einstein a fazer tal pergunta e para quem ela foi feita?
Em 1931 o Instituto Internacional para a Cooperação Intelectual convidou intelectuais renomados para trocarem cartas sobre assuntos instigantes e de interesse da Liga das Nações que tinha como um de seus objetivos preservar a paz.
Dentre os assuntos que fervilhavam, estava a guerra. Um fenômeno marcante, claramente presente na história da humanidade, e que não poderia e nem pode passar despercebido.
Convidado pelo instituto, foi o próprio Einstein quem sugeriu o nome de Freud.
Escolhidos os interlocutores, Einstein e Freud trocaram cartas sobre o tema no mesmo ano.


A carta de Einstein chegou no começo de agosto e a resposta do pai da psicanálise estava pronta em setembro.


Parece pouco tempo, mas Freud já havia escrito sobre o tema logo no início da Primeira Guerra Mundial. Uma tragédia que ele viveu e foi motivo de indagações profundas sobre o humano e a sociedade/cultura.
A genialidade de Freud é sentida logo no início da carta e se desdobra em várias camadas e leituras sobre o tema, mas sem perder de foco as questões propostas por Einstein.
Além de tecer comentários sobre o que o físico propôs, Freud ainda reservou um espaço em sua carta e escreveu brilhantemente sobre as pulsões de vida e de morte e como estas forças estão presentes e são atuantes em todos nós.
A resposta de Freud aos questionamentos do físico ecoam até os dias de hoje e é justamente a carta do pai da psicanálise que abordaremos na próxima roda de conversa Um Freud para o cotidiano: guerras.
O evento acontecerá no próximo dia 25, sexta, às 19h e será on-line.
Os interessados podem se inscrever pelo e-mail [email protected]

  • Alexander Morishigue (Psicólogo – CRP 06/97917. Psicoterapeuta de orientação psicanalítica e supervisor. Título de especialista em Psicologia Clínica e Psicanálise pela Universidade de Araraquara. Diretor acadêmico do Logos – Psicanálise e Educação. Tem como objeto de estudo a metapsicologia dos limites.)

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