Jesus, ao inaugurar sua pregação, vai até a sinagoga em dia de sábado e proclama solenemente um trecho do Livro do Profeta Isaías: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor” (cf. Lc 4, 18-19). Eis, pois, o projeto evangelizador de Jesus, que também foi assumido pela Igreja, desde seu início.
Posteriormente, Jesus está à beira do Lago de Genesaré e elege seus primeiros discípulos: “Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca” (Lc 5, 4). Na vocação desses apóstolos, encontramos a vocação de toda a Igreja, que se encontra com Jesus, se apaixona por Ele e O segue de coração sincero e generoso.
Hoje, Nosso Senhor continua a chamar pessoas para o seu seguimento, vivendo a constituição de uma família, ou a vida religiosa ou, ainda, o ministério ordenado. Todos os cristãos são chamados a viverem a santidade que vem do encontro com Jesus e se desenvolve na vivencia de suas vocações específicas.
Os que são chamados ao Ministério Presbiteral, ou seja, a serem padres, são “assumidos de entre os homens e postos ao serviço dos homens nas coisas que são de Deus” (Homilia do Rito de Ordenação Presbiteral). Isso posto, o padre, que exerce seu ministério em uma paróquia, deve sinal de Jesus e de seu poder salvador e libertador.
Este ano, a Igreja no Brasil vive o Ano Vocacional, cujo lema é: “corações ardentes, pés a caminho”. É uma oportunidade propícia para orarmos pelos padres de nossas comunidades eclesiais, para que sejam fieis ao compromisso que assumiram com Cristo e com a Igreja. É tempo de se aproximar dos padres para buscar aquilo de mais sagrado que podem oferecer ao povo: Jesus Cristo. É tempo de amar os ministros da Igreja, que se doam pela causa do Reino. É tempo de viver a vocação como graça e missão!
Pe. Igor Kawakame Rathlef
Presbítero da Diocese de Jales