Não há dúvidas de que é necessária a busca por formas inadiáveis, executáveis e funcionais para combater o racismo no futebol. No Brasil, as causas desta problemática provém do racismo estrutural, preconceito gerado há quase 400 anos a partir da escravidão, bem como, principalmente na Europa, do ultranacionalista, gerador de ódio gratuito entre as populações de diferentes nações.
Nesse contexto, é importante refletir sobre a infeliz e constante naturalização do racismo. Exemplo disso são as ofensas realizadas por torcedores, atletas e dirigentes de diversos times de futebol – como foi o episódio com o jogador Daniel Alves, alvejado por bananas – alusão ao alimento dos símios – durante um jogo em 2014, ou, em outro caso mais recente, com o jogador Vinícius Jr, que recebeu comentários racistas do Presidente da Associação Espanhola de Empresários de Jogadores pelo atleta comemorar um gol dançando samba. Assim, deve-se obter maneiras de advertir essas pessoas preconceituosas, como no caso sofrido por Daniel Alves, em que o torcedor racista foi banido permanentemente daquele estádio europeu.
Do mesmo modo, é importante perceber que parte dessas ofensas são causadas devido ao nacionalismo exagerado, por exemplo, quando grupos extremistas inseridos na torcida da Europa de 2021 – os quais flertam com o fascismo e o nazismo – começam a entoar cantos racistas e homofóbicas. Adolf Hitler é o maior exemplo de ultranacionalista, e, em seu discurso, defendia a existência de uma raça superior, ideia imensamente fomentadora de situações e pensamentos racistas. Em 1936 ocorreram os Jogos Olímpicos na Alemanha, onde Jesse Owens, corredor negro, ganhou medalha de ouro, em pleno regime nazista, recebendo a medalha das mãos do Fuhrer, mas o atleta foi alvo de diversos ataques durante e após os jogos. Logo, é necessário buscar leis que punam de forma mais severa as arcaicas pessoas que ainda praticam esse preconceito.
Portanto, não há dúvidas de que é necessário alcançar formas de lutar contra o racismo no campo futebolístico e nos esportes em geral. Este preconceito é agravado pelo racismo estrutural, que, no Brasil, a partir da escravidão, gerou, lamentavelmente, a normalização do racismo. Além disso, o problema conta com a ajuda do ultranacionalismo, isto é, um sentimento tóxico de pertencimento a pequenos grupos que gera conflitos e preconceitos. Para mitigar essa realidade deplorável, o UEFA e CBF com o apoio da FIFA, deve buscar penalizar os clubes protagonistas desse preconceito com multas exemplares, respectivamente, em território europeu e brasileiro. Ademais, cabe ao próprio clube punir as ações preconceituosas de seus torcedores, como também usar a mídia para se posicionar contra tais atos, cujos resultados serão a redução em massa do racismo no futebol, além do constante apoio contra o racismo do cotidiano.
Gabriel Vieira Caparroz
(Aluno do Curso de Redação Professor Marcondes e 2° EM da Escola Ferreira Prado)