No domingo passado, dia 26, nesse mesmo espaço aqui, escrevi um artigo de opinião sobre como garantir um emprego no mercado de trabalho no Brasil, que ultimamente sofre com o bicho-papão do desemprego.
No texto, defendi a tese de que é preciso educação continuada, com vários tipos de cursos, do tecnólogo à graduação e posterior especialização, para o brasileiro se manter empregado com um salário decente e crescente. Claro que embasei minha opinião em dados de pesquisas confiáveis como do INEP, ligado ao Ministério da Educação.
Naquele mesmo dia, um leitor, ex-aluno cursando uma universidade pública, me questionou, de modo privado em uma das minhas redes sociais, informando que há, no Brasil, uma porcentagem muito grande de doutores desempregados no país.
Ele tem razão. Muitos profissionais qualificados, com titulação elevada como o doutorado, muitas vezes não são absorvidos pelo mercado. Sabem por que? Porque, infelizmente, ainda não é essa mão de obra que a economia brasileira precisa no momento.
Explico: Um país em desenvolvimento necessita de mão de obra qualificada, mas iniciando por aquelas básicas dos cursos técnicos ou de graduações nos novos formatos de cursos superiores, de dois anos, por exemplo.
Quem trabalha no campo, na indústria, no comércio ou na prestação de serviços precisa aprender, em escolas, nos cursos específicos, com teoria e prática, os seus afazeres do dia a dia. Não cabe mais trabalhar por intuição ou “na raça”.
Veja, leitor, um caso comum no cotidiano: quem abrir um pequeno negócio e colocar como atendente alguém que não tenha noções de técnicas de vendas, informática, redes sociais, contabilidade, entre outros saberes, está condenando o negócio ao fracasso.
Não é à toa, aliás, que 30% dos pequenos negócios entram em falência nos primeiros seis meses de funcionamento, segundo o Sebrae. Muito importante destacar que esses pequenos negócios respondem, atualmente, por sete de cada dez empregos no país. Ou seja, quando o negócio fecha, o desemprego aumenta.
Nunca é demais relembrar que para os recrutadores de grandes empresas nacionais e multinacionais, o perfil ideal do empregado é justamente do jovem que começou a trabalhar no final do ensino médio e/ou durante a faculdade, e conciliou estudo e trabalho para conseguir se desenvolver e crescer na companhia.
Nesse sentido, vale a pena pensar nos cursos on-line para a formação desses profissionais. Esse modelo de Educação vem aumentando de forma exponencial não por acaso. Ela concilia as necessidades dos alunos com as do mercado de trabalho.
Claro que algumas pessoas ainda questionam a qualidade dos cursos nesse formato. Mas essa ideia também está mudando uma vez que para ser bom profissional, não é o formato da aula que determina isso, mas, sim, como e quanto esse aluno estuda.
Ayne Regina Gonçalves Salviano (É MBA em Gestão. Mestre em Comunicação e Semiótica. Empresária do ramo educacional em Araçatuba e Birigui)