No último sábado, dia 18 de março, a Fatec Jales teve a honra de formar profissionais de tecnologia aptos a trabalhar nos diversos setores do Agronegócio brasileiro (e mundial), na área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e na Gestão de Empresas, nos mais variados segmentos.
Trata-se de um feito importante para a sociedade brasileira, e, sob um olhar mais pragmático, para a sociedade local formada pela cidade de Jales, Fernandópolis e Santa Fé do Sul, bem como suas respectivas microrregiões. Um percentual significativo de alunos advém dessas cidades e até de outros estados, como Mato Grosso do Sul, cidade de Aparecida do Taboado, e do Triângulo Mineiro, região de Iturama.
Entretanto, sabemos, como profissionais da educação, que ainda não é o suficiente, pois há uma demanda muito maior por profissionais capacitados no país e no mundo, que supera em muito a formação, ou seja, o ritmo atual não atende às necessidades das corporações.
E isso se deve a vários fatores. Primeiramente, a quantidade de pessoas em idade escolar tem diminuído nos últimos anos devido a fatores sociais e econômicos. As famílias têm reduzido o número de filhos. Aí a matemática é simples, menos pessoas para estudar, menos profissionais formados.
Outro fator, ainda mais crítico, é o aumento do desinteresse pelo estudo e capacitação por parte de jovens. Alguns preferem trabalhar em ofícios que não exigem formação especializada ou até mesmo não trabalhar, constituindo aquilo que é conhecido como a geração “nem-nem”, não trabalha nem estuda. Claro que não devemos generalizar, até porque existem pessoas que realmente não podem estudar devido a dificuldades mais severas de sobrevivência, precisando desempenhar funções em jornada dupla, às vezes tripla de trabalho, o que realmente limita atividades de estudo.
Por fim, e não menos significativo, está a relação custo/investimento que, em algumas situações, desencoraja os possíveis candidatos ao desafio da continuidade dos estudos. Sob certas condições, estudar pode se tornar caro e, por mais que haja programas de fomento governamentais, a conta uma hora chega.
Sem profissionais capacitados, prejudica-se a produção. O comprometimento da produção reduz o consumo, que, por sua vez, interfere na microeconomia e, por consequência, na macroeconomia. Os “efeitos colaterais” são desemprego, perda de produtividade/competitividade das empresas, sobrecarregamento do Estado em programas sociais, que não atendem plenamente a população, levando à busca por ocupações que exigem pouca capacitação- assim se fecha o ciclo vicioso.
Como solucionar, então, tal cenário? Invertendo-se o ciclo, com políticas de incentivo e fomento ao investimento na capacitação dos cidadãos, o que certamente tornará o ciclo virtuoso.
A Fatec Jales tem buscado continuamente, diuturnamente, cumprir o seu papel nessa missão de fomentar o ciclo virtuoso, entendendo que, com um trabalho de formiguinha, colabora para a solução.
Parabéns, Tecnólogos recém-formados! Também contamos com vocês nessa missão!