Vivemos em um mundo cada vez mais globalizado, integrado e multicultural, onde cada vez mais presenciamos fenômenos como a imigração, formação de holdings e de conglomerados empresariais, parceria entre empresas em projetos (joint venture), entre outros. Todos esses fenômenos intensificam a necessidade de viver e trabalhar de forma colaborativa com pessoas de diferentes países e culturas.

Nesse contexto, uma boa comunicação faz toda a diferença para um bom convívio entre os membros das organizações e maximização dos resultados laborais, transformando o domínio de línguas estrangeiras em uma necessidade de mercado.

Segundo o Instituto Cervantes, em seu mais recente anuário “El español en el mundo”, publicado em 2022, os idiomas mais falados nativamente no mundo são o mandarim, o espanhol, o inglês, o hindu e o árabe. No Brasil, as duas línguas estrangeiras mais faladas e estudadas são o inglês e o espanhol.

Um estudo realizado pela consultoria Robert Walters em 2020 mostrou que as empresas brasileiras estão cada vez mais voltadas para o conhecimento de inglês dos candidatos em seus processos seletivos. Também apontou que os profissionais que o dominam têm ganhos até 40% maiores do que aqueles que não o têm em seu repertório e que os fluentes em espanhol podem receber até 30% a mais de salário.

Outra pesquisa, feita pela Catho em 2022, revela que é notável o aumento na faixa salarial de quem tem o inglês como segundo idioma. Segundo a empresa, o salário de quem domina essa língua é, em média, 83% maior do que quem não tem esse conhecimento. Dependendo do nível da função que se exerce, essa diferença pode chegar a 118%. É o caso dos cargos de liderança que envolvem consultoria, como coordenadores, supervisores e diretores.

Em relação ao espanhol, a mesma pesquisa analisou a diferença salarial de profissionais que possuem o domínio do idioma e chegou aos seguintes resultados: para diretores e presidentes, a diferença salarial é, em média, 34%. Diferenças significativas também foram constatadas entre os níveis gerenciais (12%), supervisão média (26%) e profissionais especializados com curso superior (31%).

Portanto, dominar uma segunda ou até mesmo uma terceira língua é o diferencial que pode ser determinante para um profissional que quer alçar altos voos na carreira, podendo ser, em muitos postos de trabalho, uma exigência. Além de contribuir para conquistar um lugar em posições de liderança e tomada de decisão, o profissional tem a possibilidade de desfrutar de experiências internacionais, trabalhando colaborativamente com pessoas de várias partes do planeta. Falar outros idiomas é estar bem-posicionado no contexto empresarial em um mundo cada vez mais globalizado e competitivo.

Flávio Chagas de Matos (Estudante do 6º semestre do curso superior de Tecnologia em Gestão Empresarial)

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