Ainda falando sobre sustentabilidade… Sabemos o quão relevantes são as ações das empresas quanto aos impactos no meio ambiente, podendo ser negativos ou positivos. Inúmeros modelos de negócios, dentro do conceito de “novas economias”, têm investido na economia colaborativa, entretanto, como ela tem sido aplicada dentro da moda?
Segundo o Sebrae (2017), economia colaborativa é um movimento de concretização de uma nova percepção de mundo. […] Trata-se, assim, de uma força que impacta a forma como vivemos e, principalmente, fazemos negócio”.
Há exemplos de sucesso desse tipo de negócio nos ramos do transporte, hospedagem e até mesmo no entretenimento e isso já vem sendo consolidado como alternativa por muitos seguimentos da sociedade, inclusive de classes econômicas mais abastadas. Atribuem-se a esses serviços qualidade, praticidade, bom preço e contribuição para com o meio ambiente. Esta última talvez até passe despercebida, porém para os “antenados” na temática, seria a mais importante.
Bem, mas nossa reflexão é acerca da moda e como os modelos de negócios colaborativos têm sido articulados nesse cenário tão diverso e tão apaixonante. A locação de roupas para eventos formais não é algo novo no mercado, inclusive já denominado de indústria das festas de casamento e de formatura. Mas isso vai adiante e com bem mais perspectivas…
Isso mesmo! Por meio de plataformas digitais, o modelo de negócio modernamente nomeado de “Serviço de moda” tem evoluído as locações pontuais que seriam as modas de aluguel para serviços mais prolongados, ou melhor dizendo, para um estilo de vida: o cliente escolhe peças ou até mesmo pacotes mensais de roupas para usá-las por um tempo e devolver ao locatário.
O negócio nasceu em 2009, com a nova-iorquina Rent the Runway (VEJA, 2019). São lojas físicas ou startups que têm entrado no mercado como modelos de exemplos desruptíveis podendo propiciar um consumo ético e consciente por meio dos clothes services (expressão inglesa para indicar “serviços de moda”). Para se marcarem no mercado contam com profissionais especializados (stylist) que atendem às expectativas do cliente dentro da identidade pessoal dos que buscam o serviço.
Ainda no ramo da moda, por meio das novas tecnologias, cria-se comunidades para permutas entre os membros, o que tem movimentado muito a economia colaborativa no Brasil. São alternativas que trazem evidências de sucesso em um mundo tão consumista que nada tem a ver com a pirâmide Maslow, porque já nos leva a ignorarmos nossas necessidades básicas e buscarmos o topo sem estarmos devidamente preparados.
É, como disse Albert Schweitzer, teólogo e médico alemão, defensor de causas sociais, que “o mundo tornou-se perigoso, porque os homens aprenderam a dominar a natureza antes de se dominarem a si mesmos”. Que tal exercitarmos mais o coletivo rumo ao mesmo propósito?

Prof. Me. Alessandra Manoel Porto
alessandra.porto@fatec.sp.gov.br
Docente Fatec Jales – fatecnologia@fatecjales.edu.br

Comments are closed.