IPTU, IPVA, férias, cartão de crédito, 13º salário, boletos… começamos mais um ano e seja bem-vindo, 2022! Nossa reflexão, aqui, vai se focar nas comodidades que a tecnologia, mais especificamente nas transações financeiras, as quais têm se achegado a todos nós, algo tão intangível no passado.
A inclusão digital ainda tem sido pauta de muitas pesquisas. Na pandemia, nem todos tiveram acesso a ela, como desejariam e/ou necessitariam – uns por situações econômicas, já que a internet é um serviço caro; outros, devido a pontos onde o sinal talvez não fosse captado; outros, ainda, pela falta de aparelhos compatíveis e atuais (uma vez que a tecnologia parece já possuir uma obsolescência programada muito mais acelerada). Entretanto, mesmo diante dos percalços, ela tem chegado até nós, inclusive para nos lembrar das contas que vencem!
O artigo “Conheça o PIX, o revolucionário sistema de pagamento instantâneo do Banco Central”, de autoria do Prof. Me Jorge Gregório, docente da Prof. José Camargo – Fatec Jales, publicado nesta coluna em 27/09/2020, abordou sobre o PIX como uma inovação que seria lançada (o autor, inclusive, adiantou a novidade da transação financeira a todos nós). Pois bem, hoje, pouco mais de um ano depois, como o PIX tem circulado em nosso meio: quase não temos mais “desculpa” para ficarmos sem pagar o queijo, as verduras, o leite, o colorau… que chegam até a porta da nossa casa – nossos fornecedores já nos enviam a CHAVE PIX (kkkk).
Quando falamos em administração financeira, nem todos nós somos “habilitados” nela – muitos fazem o trivial, o que não desmerece o controle para que se levem os compromissos em dia. Pagar com PIX parece descortinar, quebrar um tabu que dificultava as pequenas negociações informais que acabavam, por vezes, provocando conflitos – hoje, faz-se um PIX e já se deixa o bolo, o sabão caseiro, a pamonha… Pintamos as unhas e fazemos um PIX, cortamos o cabelo e fazemos um PIX (bendito PIX para quem vende ou presta serviços e para nós, pagadores também, caso contrário, irão achar que não gostávamos de pagar nossas pequenas negociações)!
Segundo o site GOV.BR (2021), “em apenas um ano de funcionamento, o Pix já se tornou um dos meios de pagamento eletrônico mais utilizados pelos brasileiros, tendo superado métodos tradicionais…”. O termo já está presente nas estampas das camisetas, das canecas, em destaque em cartazes com anúncios de pagamentos facilitados, em memes até como sugestão de presente de aniversário… É parte de um discurso que circula em variados suportes, tanto impressos como digitais; é indício de uma sociedade conectada e também “intimada” a pagar sem prorrogação, procrastinação…
Mesmo diante das facilidades, é importante também reiterar sobre os riscos de toda transação financeira online – diversos golpes têm nos alertado para isso, mas a tecnologia também oferece mecanismos de segurança, caso haja uma situação adversa. Em 06/06/2021, o artigo intitulado “Você usa o PIX? Cuidado!”, também de autoria de Jorge Gregório, já nos alertava sobre o uso. Também o site GOV.BR (2021) cita que o Banco Central aprimora duas novas ferramentas: Mecanismo Especial de Devolução (MED) e o Bloqueio Cautelar. Em ambas, há a possiblidade de se reaver o valor desviado, desde que seja comprovada a fraude e se tenha percorrido os trâmites legais.
De acordo com o adágio popular “o seguro morreu de velho”; então fica a dica: TENHA SEMPRE UM PIX À SUA DISPOSIÇÃO!